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18 de jun. de 2015

Tempo. Você tem?

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A urgência caracteriza os nossos tempos atuais. Um aspecto que entra num embate subjetivo com os limites do nosso corpo e mente. "Coloque seu relógio ou vai se atrasar. Não esqueça o celular ou vai se atrapalhar. Criança pediu, tem que dar. Caiu? Não chore, não chore, talvez o outro não vá aguentar". Tempo-limite. Em jaula. Tempo que determina. Despertador. Tempo do adulto. Tempo da criança. Primeiro tempo. Corrido. Segundo tempo. Dá tempo ainda? Não, não. Quero um tempo que norteia, mas não é dono de quem sou e daquilo que desejo ser. Tempo-livre. Tempo meu. Tempo possível.

Psicóloga Mayara Almeida
mayarapsicologia@hotmail.com 
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12 de jun. de 2015

Sobre o (seu) dia dos namorad@s (mesmo solteir@ viu?)

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É dia dos namorados e além do blá, blá, blá, sobre data comercial e "não procure um namorado", vamos falar sobre afeto? Porque sim, esta data desperta um aspecto importante da saúde humana: o afeto e a falta dele e suas consequências emocionais. Sim, hà pessoas que adoecem quando inicia o mês, quando se aproxima o dia, porque não têm namorado. Isto pode acontecer porque ter alguém, às vezes, vem acompanhado do sentido de densidade e de obrigação para tantas pessoas, causando um peso enorme na vida de quem acredita (porque aprendeu) que a alegria está única e diretamente relacionada à presença de um namorad@. Pode ser que sim, pode ser que não. Aqui, devemos recordar uma das mais importantes questões, na minha opinião: a individualidade, e a partir daí, relatividade das emoções e pessoas. Nem todos com namorado estão felizes e nem todo os solteiros estão satisfeitos.

A questão então não é este status social de relacionamento? Não, não é. Uma das questões talvez seja a da vontade de fazer, do que fazer, diante desta individualidade que temos e se configura como nosso maior tesouro. Neste dia, revise-se também, independente do status de relacionamento. O que você deseja para si? Aproveite para organizar as gavetas (de fora e de dentro).

Me livre (deuses, anjos, santos, energias) da 'obrigação' de ter que amar. Que seja leve a escolha em praticar (o meu) afeto e aceitar a (minha) própria companhia. Felicidade não é um lugar, ou uma pessoa ou um objeto. É um ponto (ou muitos) dentro de você.

Psicóloga Mayara Almeida
mayarapsicologia@hotmail.com

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11 de jun. de 2015

Quem tem medo do lobo mau?

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"Quem tem medo do lobo mau? Lobo mau, lobo mau. 
Quem tem medo do lobo mau? Lá, lá,lá, lá", lá...

Crianças no jardim do prédio. Cantam, correm, repetem a canção e parecem não cansar: Quem tem medo do lobo mau? Perguntam em alto e bom som, mas ninguém responde, a não ser com a mesma pergunta cantada: Quem tem medo do lobo mau? Creio que todos nós, um pouco, pequenos e grandes. Cada período da vida com seus lobos diferentes. Cada amadurecimento nos faz matar alguns lobos de dentro.

Assim como na história da Chapeuzinho Vermelho, onde o caçador ajudou a garotinha a se livrar do lobo mau do momento, precisamos encontrar estratégias (leia-se pessoas, atividades, serviços profissionais) que nos ajudem a enfrentar os nossos lobos internos, fazendo as vezes do caçador. É sempre bom poder voltar para casa em segurança e dormir con-ten-te.

E você, já refletiu sobre quais são os seus lobos maus? O que eles estão fazendo com você e sua identidade? São novos lobos ou ainda traz uma porção da infância? Reflita e se precisar, busque ajuda de um "caçador de lobos" profissional.

Psicóloga Mayara Almeida
mayarapsicologia@hotmail.com

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5 de jun. de 2015

Autocuidado

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Leia as afirmações abaixo com atenção, e identifique se alguma delas ocupa as suas ideias:

1. Eu não sou boa (ou estudiosa, bonita, magra, jovem, inteligente);

2. Só serei feliz quando ele mudar;

3. Se eu fizer tudo o que os outros desejam, não serei rejeitada;


4. Se eu ganhar uma promoção no trabalho serei respeitada;

5. Eu sempre tenho que lutar pelas minhas coisas, enquanto outros têm tudo mais fácil.

Os pensamentos tem função determinante em nossa vida, pois é a partir deles que iniciamos a costura dos nossos afetos positivos ou negativos. É também na imaginação que surgem os nossos projetos, as nossas decisões. O que pensamos e acreditamos, contribui, e muito, para nos tornarmos quem somos. Assim, mudar depende - em parcela significativa - da nossa mudança interna, da identificação daquilo que acreditamos profundamente e tantas vezes, inconscientemente.
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1 de mai. de 2015

Bastidores do estudar (e do viver)

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Estive refletindo estes dias, sobre como estudar tem acompanhado os meus dias e, de forma mais intensa, desde que iniciei a graduação em psicologia: 5 anos de curso e em breve, 5 anos de formação. Assim, em agosto, completará 10 anos que estudo o comportamento humano e suas diversidades. Este exemplo para fizer que, estudar de forma organizada e flexível ao mesmo tempo, traz aprendizados para a vida inteira.

1. É preciso definir objetivos
Quando estudo, organizo anteriormente os materiais que irei ler ou consultar para que possa atingir o meu objetivo. Sim, é preciso ter objetivos ao estudar, ou então, faremos algo em direção ao nada. O fato é que esta atitude de definição do que desejo ao final de cada momento de estudo, ensina a cumprir metas e acrefitar que elas são importantes e sim, aprender que, vez por outra, precisamos de um tempo maior do que aquele que pré - determinamos para realizar. É possível aprender ainda que, a estratégia precisa ser outra e adiar pode ser necessário, mas dedistir é sempre uma escolha.

2. Conviver com disciplina e liberdade
Recordo que, durante a universidade, seminários, fichamentos, relatórios, eram frequentes, além dos testes ou provas específicas. Por isso, eu buscava dar conta durante a semana, para que nos finais de semana eu pudesse descansar e escolher de que forma utilizaria o neu tempo livre, que se não tivesse disciplinado, certamente acumularia para amanhã, e depois, e depois. Se você aprende a ter disciplina, ganhará liberdade, pois terá tempo após ter concluído o seu dever. Mas lembre-se: disciplina está diretamente relacionada com limites. Eu tinha hora certa para dormir, nada de virar a noite e procrastinar a atividade. Cansada e indisposta, eu certamente não aproveitaria nenhum pouco a liberdade conquistada. 

3. Estimular menos a crítica e mais a valorização
A partir dos oitavo período, houveran algumas fortes mudanças na rotina: pela manhã, eu estava no estágio obrigatório, à tarde iniciei um estágio profissional (trabalho remunerado) e à noite assistia aula na universidade. Foi necessário rever as estratégias de estudo e por um tempo o sábado foi utilizado para estudar tbm. Ao longo do tempo de estudo e trabalho é interessante notar como lidamos com os problemas e dificuldades. O tempo fica mais curto mas se você faz a sua parte na vida, deve valorizar este esforço. A crítica mal direcionada, paralisa. Valorização impulsiona e precisa começar dentro de você. 

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24 de abr. de 2015

Quando a mudança pede passagem.

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Texto publicado originalmente  no site
Projeto Mais Amigas

Sabe aqueles momentos em que você percebe-se sem direção? Parece que aquelas bases onde você costumava apoiar-se, já não te sustentam ou não estão mais ali. Sem certezas. Como se algo por dentro desejasse mudar a rota, realizar outro movimento. Geralmente, esta sensação vem acompanhada de angústia ou dúvida sobre o que e como fazer dali em diante. E de fato, o convite que está sendo feito nestas situações é exatamente a caminho do novo: novas relações, novas ideias, um novo olhar sobre a própria vida. O nosso ser sinaliza de diversas formas, quando não estamos sendo coerentes com a nossa verdade. 

Não perceber estes sinais, muitas vezes leva ao adoecimento emocional. Acho importante se perguntar: qual é mesmo o problema? E o que posso fazer para resolver ou amenizar a situação? 

Quando este movimento se aproxima, podemos escolher como interpretar e sugiro aproveitar o convite da vida a olhar para outros ângulos, contemplar outras coisas, andar com as próprias pernas ou até mesmo voar, que seria realizar aquele sonho que está há tanto tempo guardadinho dentro de você e precisa sair, acontecer e respirar. Sair de casa para viver. Sair de dentro de você. 


Antes de qualquer relação, nós precisamos mais de nós mesmos. E todos os dias fazer algo bom. Costurar afetos. Desenvolver o seu potencial interno. Como num diálogo da ficção O Fantasma da Ópera: "Não pense como as coisas poderiam ter sido. Pense em como elas podem vir a ser". E deixar a mudança chegar.

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12 de abr. de 2015

Daquilo que ouço e faz eco em mim...

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Numa conversa daquelas que dificilmente deixam de acontecer porque a pessoa que está ao seu lado no ônibus adora conversar, um senhor com mais ou menos 55 anos relata:

- Eu fui na casa da minha tia e quando eu voltei me ligaram dizendo que ela tinha morrido. Mas ela não tava com cara de morrer não. 

Fiquei pensando se a gente sinaliza de alguma forma a morte e o morrer.

- Você acha o que?

- Eu não sei moço. Realmente não sei dizer.

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23 de mar. de 2015

A leveza da rotina

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As coisas mudam. Deixamos de ir tantas vezes no mesmo lugar e começamos a ir tantas vezes em outros. Em meios às mudanças, algumas pessoas permanecem próximas, outras se distanciam um pouco e, ainda, há aquelas que se afastam de vez. Mudei de consultório e consequentemente, a rotina acompanha obedientemente às mudanças. Porém, ainda tenho ido periodicamente à padaria pela manhã, bem como à banca de revistas ao lado. O moço que fica na esquina retribui motivadamente ao meu bom dia, enquanto divide o guarda-chuva com a guardadora de carros daquela rua. A chuva não paralisa as bondades - e que bom. As moças na padaria, fazem artesanalmente os pedidos dos clientes e o café daqueles que ali estão, mantém-se regado à viagens, política, brincadeiras e afeto. O dono da banca de revistas separa àquelas que me interessam e aguarda respeitosamente que eu as folhei e escolha se, e quais decido levar. Gentil, diz que a minha presença é sempre uma satisfação. Chego no trabalho parecendo que estive num spa, de férias. E na verdade, é apenas segunda-feira: o dia que escolhi manter legitimas observações sobre a vida e suas levezas. Pensando bem, há rotinas que só fazem bem, e destas, devemos tirar o melhor proveito.

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21 de mar. de 2015

Dos aprendizados...

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Desde cedo, somos ensinados a separar o que é problema, o que é bom e o que deve ser feito. Esta estratégia facilita a realização das ações, porém, nos afastamos do entendimento e do sentido da integração do todo. Aprendemos a dividir e esquecemos, por vezes, de juntar. Assim, a possibilidade de concretizar os aprendizados em suas relações sociais, de forma saudável, alicerça duas principais atitudes que devem ser integradas em conjunto: Domínio Pessoal e Modelos Mentais.

A primeira refere-se à aprendizagem e reconhecimento do nosso objetivo (o que é importante para mim?), concentrar nossas energias (estou indo aonde quero chegar?), desenvolver paciência e criatividade para lidar com as interferências que surgem.

A segunda, são as ideias nas quais acreditamos, modelam nosso comportamento e influenciam nossa forma de encarar o mundo, semdo importante considerar quais os nossos modelos mentais ativos e estar consciente da importância de aperfeiçoá-los.

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28 de fev. de 2015

Alfabeto particular

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Amor: Ato de doar ao outro o melhor que você tem e sentir que há um retorno.

Beleza: Quando a gente olha para alguém ou algo, e fica encantado.

Coração: Caixinha de dentro mais preciosa que há; cabe até o infinito do mar.

Dor: Sensação de desconforto quando algo está desistindo de continuar.

Equilíbrio: Aquilo que sobra. Aquilo que resta. Aquilo que sustenta.

Felicidade: Quando você decide aproveitar. Não é um lugar.

Gozo: Satisfação do corpo e da alma.

Hábito: Repetição inconsciente, e pode ser bom ou ruim.

Ilusão: Quando alguém brinca, sozinho, de destruir o nosso castelinho de areia.

Juntar: Caber no mesmo espaço, mesmo que seja preciso apertar.

K: Letra. Para usar quando o "c" está cansado de nomear.

Lua: Aviso diário dos céus sobre encantamento e admiração.

Mar: Paraíso formado em gotas. 

Nuvem: algodão celestial, vontade que dá de ir lá, pegar.

Olhar: Registrar o que existe.

Promessa: Dizer algo e saber que há de ser cumprido.

Querer: Vontade que dá quando se deseja muito.

Relembrar: Quando algo precisa voltar a existir, mesmo que seja na fantasia. 

Sincericídio: Dizer a verdade apesar de.

Talvez: dúvida que começa dentro da gente e termina... Talvez não termine.

Urgência: Quando nada mais pode esperar.

Voar: Fechar os olhos. Ir para qualquer lugar sem dar um passo.

Wafer: Biscoito. Sim só isso. Nem tudo precisa ser sério. 

Xadrez: Jogo que representa muita vida real.

Y: Enfeite para nomes comuns que ganham outro ritmo, outra cor.

Zero: Onde tudo começa - do nada até algum lugar.

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5 de nov. de 2014

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Às vezes o amor não aguenta ser só. Descobri isso aos 7 anos quando consegui convencer a minha avó de comprar dois pintinhos coloridos na feira da cidade: um rosa e um azul. Acho que eu previsava acreditar que podia cuidar de algo. Comida e água, eu mesma trocava. Não lembro da parte difícil, que era limpar a sujeira (e muita) que eles faziam. Uma semana depois, decidi, sozinha e muito segura, que eles precisavam ficar limpos e cheirosos. Comecei com o rosinha. Um banho frio e com direito a delicados esfregões para certificar a limpeza. Deixei-o junto com o outro e fui viver a minha vida de crianca. À noite, no mesmo dia, o pintinho rosa estava morto. Entendi rapidamente que o banho tinha sido demais pra ele. No outro dia, antes de ir pra escola, a descoberta: o azul também havia morrido. Acho que o amor não aguenta ser só. Deve ser isso.

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14 de set. de 2014

Carta para minha avó.

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Guardo as histórias que me contou. Sou grata...
E me dizia sempre: "por você eu faço tudo que eu puder".
Gostava de mostrar suas fotografias, as poucas que tinhas, e recordar...
Pouco lias, não sabias bem.
Mas gostava de escrever teu nome, tua identidade, orgulhosa de quem era.
Tinhas o dom de cuidar dos seus e dos outros.
Guardava consigo um infinito de experiências particulares, de dores, amores, ausências.
Um dia chorou e me disse, serena, que sentia uma dor por dentro, não podia explicar.
Mãos e pés cansados, mas insistentes, sempre.
Até que um dia, tua voz calou, mas não antes de chamar por mim...
E eu não estava lá.
O mundo não é tão bom sempre.
Mas eu continuo contigo, com a força que me emprestastes, para que eu jamais desistisse.
Eu sigo vozinha. Por nós!

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5 de set. de 2014

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Nunca sabemos ao certo como o tempo, os dias, as horas, vão tratar nossos amores e sentimentos. Não sabemos de nada até que, algo nos surpreende. Não se assuste se sentir algo estranho internamente, são as borboletas no estômago sendo acordadas para uma festa, uma grande festa por dentro. E isto é lindo. Não, não há essa história de "amor tem idade". O que há, são formas diferentes de amar, de acordo com a maturidade. E parece que o seu sempre esteve lá, naquele povoado, naquela infância, naquelas mãos dadas e em outros tempos afastadas. Talvez protegidos pela lenda de Nazaré, com um sentimento envolto numa liberdade de vidro... Quebrou. Não o amor, o vidro. Libertando o amor a dois, que agora pode ultrapassar barreiras físicas e tecnológicas. Ele sabe a verdade que teus olhos refletem. Seria muito bobo se não insistisse. Parece esperto, então. A distância foi uma ponte. E a mesma ponte que separa, também é aquela que une. Você está diante de uma chace de se reinventar e de ocupar de um jeito novo as suas emoções. Permita-se, entre sem bater, não precisa, não agora. O amor não vem do nada, também depende da gente. Agora escuta, vou te contar um segredo: há amores que podem esperar, são mistérios para a ciência e para a humanidade, porque eles resistem as mais longas distâncias e ausências. Então, este é meu conselho: continue seguindo. No máximo, vocês pegarão uma grande onda... Aquela de lá. Mas aí, nós sabemos, você já sabe como lidar.

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4 de set. de 2014

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Escrevo para afastar a solidão e dizer que preciso de outros sentidos na vida. Sempre digo que ela é cruel, maldosa, desumana - a solidão. Mas ela sorri, (perigosa) e diz: 
- Menina, tua luta contra a realidade é injusta, eu sou daqui e vou te proteger do amor. Me proteger do amor? Esta é uma chantagem difícil de não ceder. Mas não quero. Não aceito, sou a penúltima romântica (porque preciso acreditar que existe mais alguém, além de mim). Quando escrevo, descobri que a solidão tem medo. Se esconde em baixo do meu travesseiro. E então eu digo pra mim mesma: menina, continua tua luta, não há quem te afaste do amor, de amar, de ser quem és: de aço e de flor.

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17 de ago. de 2014

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Ele chegou. Ou foi ela que chegou primeiro. O que se sabe é que houve um momento por dentro que você acreditou. E ninguém pode ou vai te condenar por isso. A não ser - precipitadamente - você mesma. Ninguém nasce sabendo encontrar o equilíbrio nas relações; é assim mesmo, vamos aprendendo a nos reorganizar cada vez que a ação não combina com a fantasia que criamos. Segue moça. Segue assim, seguindo. Fazendo o que traz o bem. Naquele dia, naquele tempo, tu não sabias o que sabes hoje. Então se perdoa vai, e deixa chegar a maturidade de quem se permite saber de si. Duas ou dez cicatrizes não vão te fazer parar. Todos temos nossos tumultos e confusões. Aguente firme. Mas continue sentindo, se permitindo. Mesmo que ele tenha desistido, você não deve desistir nunca. Não de você. Não da vida.

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9 de ago. de 2014

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Ah sim, eu sei que sim. Estilizo-me com sexo verbal, fazendo amor com as palavras me tocam. Que contam. Que me acham. Sim, as palavras me encontram e mesmo incertas, são acertos para mim. Aliviam, quase curam, só não, porque é da ordem do impossível a tal cura pela palavra. Pouco penso se erro, pouco lembro. Esqueci o que eu estava dizendo. Verdade, não minto. Ou sim? Dizem que são fortes os que mentem. Pois sou fraca demais para agir assim. Eu sei. Meu quarto tinha chave, ou tem. Não sei se joguei fora ou se guardei aqui (dentro) de mim. Engoli. Assim como faço quando o telefone não toca e eu não falo. Silêncio, por horas e horas e horas. A noite começa e eu não vou fugir. Firme nas memórias afetivas que me dizem para continuar acreditando no que for prometido com prazo para cumprir; porque nem só de lembranças vive o homem ou a mulher. Passarinho longe do ninho? Bom mesmo para alcançar novos voos. E voo com as palavras, que não me curam, mas me salvam sim. Eu sei. E desejo que vocês também salvem-se assim.

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8 de ago. de 2014

As nuvens de Canudos

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              Começa a guerra. Será o fim de Canudos? Pagaram antecipadamente a madeira necessária, mas no dia acertado ela não foi entregue. A cidade será invadida? Disseram que sim. Pânico inicial. Solicitação de tropas policiais. Partiu a expedição contra Canudos. Estratégicos combatentes, vinham mesmo para a guerra. Penso que o desejo, por si só já é uma máquina de realizações, é força tarefa dos acontecimentos, move reações... Cuidado com a bala, cuidado com as foices. E o cuidado com a vida? “Escapa, escapa soldado / Quem tiver perna que corra / Quem quiser ficar que fique / Quem quiser morrer que morra / Há de nascer duas vezes / Quem sair desta gangorra” (João Melchiades Ferreira da Silva). E assim, as surpresas indesejadas, inesperadas, ganharam vontade de potência e se fizeram reais.
            Medo de viver. Será que existia ali? Medo de morrer. Será que se fazia presente? Entregar-se a uma guerra, sugere um misto de limites e sentimentos que desatam alguns nós, e formam outros. Mais e mais pedaços de acontecimentos que nunca puderam chegar a um final benéfico. É como escrever um livro e jogar no fogo as páginas finais. O que de fato aconteceria se houvesse continuação com outro fim? Mudar. Será?
            Parágrafos pequenos, claro, se comparados à quantidade de acontecimentos na época. A Guerra de Canudos durou cerca de um ano, mobilizando 17 estados brasileiros, que traziam mais de 10 mil soldados, em 4 expedições militares. Estima-se que morreram mais de 25 mil pessoas, finalizando com a destruição total da cidade.
            Quais acordos a vida fez com eles, ou eles fizeram acordos com a  vida? E por que reviver em palavras uma guerra que aconteceu em outros tempos? Eu exijo da minha mente uma explicação, e ela vem. Escrevo assim, para falar do que tem por fora, desvendar o que teria por dentro. Dentro dos corações de quem acordava pela manhã sem saber ao certo como seria, pois o incerto já existia. Para dizer que acredito nas nuvens de Canudos, que viram tudo.
            As nuvens no céu demonstram o movimento das decisões, elas movem.  Você pode ver. Você pode perceber. E como eram as nuvens no céu de Canudos? Elas mudaram desde aquela época, ou estamos olhando as mesmas nuvens que receberam tiros para o alto, para baixo, para o meio, para matar? Não sei, mas acredito que são continuações das mesmas. E você, o que acha, como pensa?

          As nuvens estão no alto, acima de nós, acima da guerra, livres dessa imensidão terrena, envoltas numa imensidão suprema. Livres de mim, de você, de querer que a guerra aconteça. E é por isso que nós olhamos para o céu quando queremos pensar alto, pensar profundo. E é por isso que sobrevivem, para mim, o céu, as nuvens de Canudos.

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25 de jul. de 2014

Canudos - Reflexões para uma vida inteira *

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            Viajar é sempre uma aventura. Descobrimos belezas a partir do instante que iniciamos a  viagem e nos dispomos a perceber e observar. Os companheiros da “caminhada” também fazem uma enorme diferença, e nesta viagem, em especial, o grupo divertido contribui para a leveza do caminho, desconsiderando em alguns momentos, as curvas e estradas inconstantes.
            Fomos à Canudos e a praticamente tudo aquilo que possui relação com a mesma: uma experiência incrível que possibilitou muitas reflexões válidas. Todos os lugares despertam, no mínimo, dois aspectos ao visitante, o do desejo e o da decisão, considerando que Canudos não é lugar de onde sai-se idealizado, mas sim determinado a conhecer mais, e dessa forma, reconhecer-se em uma história que está entrelaçada nestas que discorrem nos dias atuais.
            Entre os diversos lugares que tive o prazer de conhecer, alguns despertaram um interesse sutil, simplesmente por me fazerem imaginar... O Memorial de Canudos: um guardião concreto das lembranças daquela época; o Morro do Conselheiro: uma vista privilegiada de tudo que está ao redor e a sensação de fazer parte daquele todo; o Parque Estadual de Canudos que indica sua preciosidade desde a entrada principal, com um suntuoso arco de pedra que convida a conhecer aquela história, que não foi apenas uma guerra em si, mas um misto de acontecimentos que iniciaram na mente/imaginação dos indivíduos, e por talvez estarem fragmentados, incompletos, resultou-se os fatos degradantes da guerra. Desorganização de mundos internos que gerou desorganização do mundo externo. Uma sociedade que estava abalada por muitas faltas: de espaço, de alimentação, de afeto, desigualdades como um todo e que teve seus direitos impedidos.
            A Guerra de Canudos teve fim e ao mesmo tempo ainda está lá, marcada pela placas que indicam o que foi vivenciado: “Vale da Morte”, “Hospital de Sangue”. E não deve ser uma história distante, mas uma intenção constante de despertamos a nossa condição de ser humano para o que é possível ser feito quando a sociedade está fragmentada, alienada a condições que quase nada favorecem, a não ser parcialmente.
            O que restou da guerra de Canudos? Uma história, muitas memórias e uma vontade de reconstruir os pedaços, de um tempo em que foi doloroso viver, morrer e sobreviver.
            Discretamente, Canudos espera para ser visitada, estudada, observada, sentida. Para aqueles que assistiram ao filme Guerra de Canudos, dirigido por Sérgio Resende, e ainda àqueles que estiveram na viagem a que me refiro neste texto, torço para que novamente possamos almoçar em Canudos!

            E a partir deste instante não deixemos Canudos cair no esquecimento, pois ali está um espaço aberto que exala conhecimentos diversos e aprendizagem pessoais, visto que conta sobre uma história da qual também fazemos parte. Eu estive lá, pisei naquele chão, senti toda a emoção e portanto, sou uma nova sobrevivente.

* Da viagem que fiz à Bahia - com ótimas companhias e reflexões.

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6 de mai. de 2014

Sol das Letras promove o VI Por do Sol Literário

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O grupo Sol das Letras promove, a partir das 17h30 do próximo dia 14 (quarta-feira), mais um Por do Sol Literário, na Academia Paraibana de Letras. A VI edição do sarau literário terá um debate em torno do livro “Entre nós e laços”, da psicóloga e escritora Mayara Almeida, lançado em maio de 2013, pela Editora Penalux.

O livro será apresentado pelo escritor Hélder Moura, seguido por análise e debate com o advogado e professorJosé Baptista de Mello Neto, além do consultor e contador Rinaldo Araújo e a psicóloga Ellen Barros. O VI Por do Sol Literário já se consagrou como um dos mais expressivos eventos da área literária na Paraíba.

O sarau literário prosseguirá, num segundo momento, com um debate sobre o livro “Retrato de Memória”, do jornalista e escritor Gonzaga Rodrigues, com apresentação da escritora Ângela Bezerra de Castro, ambos da Academia Paraibana de Letras.

Sol das Letras – O grupo Sol das Letras foi criado para estimular a produção, criação, divulgação e debate sobre a literatura paraibana, nos cenários regional e nacional.

O grupo se propõe a protagonizar iniciativas, como a promoção do Por do Sol Literário, com o debate sobre a obra de escritores paraibanos, e a realização da I Flor (Festa Literária do Extremo Oriental), como iniciativa para projetar a literatura paraibana.

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12 de abr. de 2014

Amor coisificado.

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O que é o amor? É uma pergunta que tornou-se comum e quase estamos nos acostumando com ela; o que leva a um marasmo e aceitação daquilo que é dito por outros. Alguém pensou sobre o assunto e nós acolhemos o pensamento que, às vezes, em nada combina conosco. Pense então,  o que é o amor para você?

Na espera de ser atendida no banco, é possivel amar alguém? Depende: o que é o amor para você? Uma criança que busca água para a mãe; um senhor que pede licença ao sentar ao lado; uma moça que fala baixinho ao celular para não aumentar o barulho que já existe; o seguranca que agradece porque você  nao se estressou com a chatice da porta giratória; uma moca que ajuda um idoso a identificar a vez de ser atendido... O amor e suas formas de se fazer real. Individual. Saber o que ele é pra você, para nao correr o risco de amar qualquer coisa de qualquer forma. Descoisifique o seu amor, antes de tudo, o seu amor próprio.

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