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17 de jan. de 2014

Somos pedaços inteiros.

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Inspirado no Projeto "Coletivo PORTO ZUL Mosaicos"

A ação do projeto, acontece em Campina Grande/PB, na instituição Casa do Menino, onde o Psicólogo Eugênio Felipe (prof. da UFCG e idealizador do Clube Papo Cabeça) contribui ativamente como professor voluntário de Mosaico e, junto ao grupo, realiza o belíssimo trabalho abaixo.

(Imagem do arquivo do projeto)

***

Somos um tanto de outros que já nos tocaram de alguma forma.
Somos um pouco de tudo que já tivemos a intenção de viver.
Somos inteiros por causa dos nossos pedaços.
Parte de muito do que somos e fomos.
Parte daquela ideia que não se realizou e da outra que por fim, concretizou.
Fragmentos também significam e tornam-se parte de nós.
Somos cacos. Somos fatos.
E unidos, somos um lindo todo de significados.
O que se faz com cada parte de si mesmo é uma decisão que ultrapassa as barreiras internas.
Somos cacos e, que bom.
Quero se caco assim, desses que colore, monta imagem e integra emoções.
Quero ser caco, um inteiro de pedaços.
Quero ser Mosaico.

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1 de dez. de 2013

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Ela entra no trem e rapidamente escolhe um lugar onde as duas cadeiras estão vazias: senta na ponta (estratégia de quem acredita na dificuldade de alguns sujeitos em pedir licença para passar e sentar no canto); alguns sujeitos, de fato, outros não. Ele chega e pede para sentar ao lado. Ela não podia dizer que não, o lugar é público, então ele sentou. Ela colocou os fones no ouvido e ele comentou: “caso não queira conversar, não se preocupe, eu entenderei”. Ela ficou ruborizada, ele havia entendido que a atitude dela, era um tanto reveladora. Não é todo dia que um cara bonitinho senta ao lado e é cuidadoso com o que vai falar. Deram risadas diante da situação e informaram os respectivos nomes. Ela disse que não poderia demorar a prosa, pois já "saltaria" na próxima parada (outra estratégia de quem não quer ser chata, mas também não quer conversar). Com a mesma rapidez que aquele ônibus seguia, ela queria acabar por ali mesmo aquela possibilidade de alguma coisa. Não podia mais amar, por um tempo seria assim. Então, colocou o fone e seguiu, até, quem sabe, uma próxima oportunidade com outro alguém, naquele suposto trem...

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8 de set. de 2013

Impulsivamente amorosa...

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Era um dia de sol, ao menos lá fora. Céu aberto. Dentro dela, coração fechado e a vivência constante da culpa, consequência direta da impulsividade; vestida numa armadura interior, e defesas prontas à espera de qualquer adversidade. Alta arrogância, pois não acreditava convictamente que era amada ou estaria segura. Baixo limiar de frustração. Antes que ele pensasse em querer, ela já estava lá, composta por ideia inconsciente de poder para mudar tudo ao seu redor, muitas vezes, sem filtro do que deve ser preservado; neste caso, ela mesma.

Nascida de um amor frágil, tardio, necessitava de estimulação para que este se desenvolvesse, caso contrário, ela seria sempre imatura para o amor.

Estava erroneamente habituando-se que a única responsabilidade era cumprir os deveres econômicos e sociais, deixando para depois (leia-se para nunca) toda a parte emocional sobre as pessoas ao seu redor.

Havia um querer com pretensão forte de dar certo, mas fazendo de um jeito meio incerto, que corrompia as tentativas e deixava cicatrizes em via dupla... Toda impulsividade está relacionada com uma ansiedade de querer ser, antes mesmo que seja. Desejo inconsciente de prepara-se e ao mesmo tempo proteger-se do para o futuro.

Códigos não traduzem o amor e, portanto, ela só estará bem quando decidir descodificar aqueles que lhe querem bem. Incluindo a si mesma. Querer-se bem, tão bem quanto imagina o querer para os outros. Descobrir-se primeiro e depois, só depois, expor sua estima, apenas quando estiver cuidada dos embaraços internos que causam dores.

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24 de ago. de 2013

Acredite: eles também amam.

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Por: Mayara Almeida e Ju Fuzeto [http://umlugaraosolpertodovento.blogspot.com.br/]


          Tentando escrever sobre o gênero masculino... E não pareceu tão fácil quanto a ideia de começar. A gente se pergunta o tempo todo: O que eles sentem? Será que são capazes de sentir? Claro que eles sentem. O que mais vejo é homem sentindo vontade de tomar cerveja, desejando que o time do coração ganhe um campeonato e blábláblá.
       E o pensamento divaga. As ideias parecem rivais e não chegam a conclusões de qualidade. Eles amam? Sim, eles amam. Mas como não consigo ver? Talvez porque o amor tenha ficado flutuando na cerveja do parágrafo anterior e não havia ninguém que o salvasse. Amor? Eles preferem a ressaca da falta de sentimento, engolem amores num gole, afogam paixões ainda no gargalo.
         Nenhum livro de etiqueta ensina como agir diante deles; é na sorte então? Não há garantias de felicidade, é efervescente, líquido... Diferença irredutível entre nós. São todos iguais? Mas, o fulano do apartamento 115 parece tão romântico, adora beijar a namorada no elevador, dizem que ele já fez até serenata.
         Será que existe um pergaminho secreto que guarda o desejo de cada um? Talvez eles só queiram ser plural, possibilidades. Encontrar um espaço confortável diante do deslocamento natural que foi produzido pelas mulheres.
       Será que nós mulheres somos culpadas por esse desconforto masculino em torno desse espaço confortável, chamado sentimento? Talvez seja apenas necessário um acordo ou dois, para manter em solidez o sentimento.

         A verdade é uma só: os homens também amam. Principalmente aqueles agraciados pela divindade do sentir, que preferem colo e devem ser cuidados com todo amor, por nós.

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12 de jul. de 2013

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Houve um abismo entre uma história perdida e uma vontade esquecida. Havia também três convites ainda fechados em cima da mesa e uma garrafa de vinho quase impossível de abrir, quase, pois ela daria um jeito, assim como daria para esquecer o que havia acontecido na noite anterior. Ou era de dia? Já não lembrava bem, a cabeça doía como se uma escola de samba tocasse entre seus ouvidos. E tocava... Tocava uma música baixinho, que vinha do apartamento vizinho: “melhor deixar como está”.

Será?

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16 de jun. de 2013

Qual é a da felicidade?

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Todos nós temos opiniões sobre o assunto: senso comum ou cientificamente, “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Ah felicidade, te fizeram um lugar, mas eu ando, ando e não chego lá. Terra do nunca, ou o que será? Um desafio te encontrar, parece que não sei bem procurar. Olha, está lá. Não, é só o vento querendo brincar. Anda, ali. Não, é só o tempo querendo partir.
            Os dias estão passando e eu preciso saber de ti, que me visita e vai embora, num jogo de ir e vir. Mas como tu és inquieta, criança ansiosa demais, cansou de agradar este lado, começa, segue e desfaz. Tua brincadeira desgasta, e eu bem sei que não é por mau que faz. Mas vê só felicidade, senta aqui do meu lado, escuta: veja lá como faz, nem todos se divertem com esse teu leva e traz.
            Tu és um mistério no mundo, todos tentam te explicar. Mário Quintana te achou bem simples, Freud fez questão de complicar; Shakespeare te viu poesia, Lispector te consumia. Gandhi disse ser caminho o que para Jabor é calmaria. Mas qual é a tua dona moça, devo ir ou te esperar? Seguir o meu coração ou parar? O Aurélio tenta ajudar com uma definição: êxito, sucesso, satisfação. Mas pensando bem felicidade, talvez tu não sejas um lugar ou sinal, mas algo individual, que vai ganhando um certo espaço, dia após dia; ponho cor e boto laço, e por puro investimento permanece neste passo.
            A felicidade é uma experiência, medida pelo encantamento que provoca em nós. Começa aí, começa aqui. Talvez cultivando um jardim no coração, a gente entenda.

            “Alea jacta est.” (A sorte está lançada).

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12 de jun. de 2013

De quando eu lembrei que não sabia... E só assim eu soube.

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(Para uma pessoa eternamente especial: "Tia Carmelita").

Hoje recebi uma carta. Sim, uma carta. E quem ainda recebe cartas hoje em dia? É, eu recebo. E esta correspondência foi do tipo reconstrutora. Trouxe junto com o envelope verde e cartão colorido, muitas lembranças de uma vida inteira em outros tempos, que contribuíram imensamente para a transformação da garotinha que fui.

Lembrei que um dia eu não sabia de nada que sei agora. Lembrei que não sabia ler, escrever, quiçá construir um texto que tocasse o coração de alguém. Eu era uma criança esforçada, mas, naturalmente, eu ainda estava aprendendo. Lembrei que eu gostava de escrever, brincar com as palavras, recitar nas apresentações da escola e fui incentivada a este comportamento; ainda recordo de um registro em meu caderno que dizia: "parabéns, você vai longe".

Gostei das lembranças. É preciso ser lembrado dos limites, das origens, da caminhada, para que não se perca a humildade e a vontade de continuar.

Eu só quero te dizer, que eu também me emocionei com suas palavras. E isso foi muito bom. Muito obrigada!


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19 de mai. de 2013

Lançamento do livro: Entre Nós e Laços

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Registros Fotográficos


O lançamento do livro Entre Nós e Laços foi lindo...
Sorri, chorei e autografei bastante, rsrsrs.
Estavam presentes autoridades sociais e autoridades do meu coração, os melhores!

Lugar agradabilíssimo, ninguém queria ir embora, rsrsrs: Café com Prosa.

Agradeço muito, a cada um que esteve presente e desejo uma leitura iluminada!

- O livro está à venda no site da Editora Penalux: http://editorapenalux.com.br/loja/ ou diretamente comigo, autografado (R$ 35,00 com frete incluso para todo o brasil).

- Qualquer dúvida, envie um e-mail para: mayarapsicologia@hotmail.com.
















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12 de mai. de 2013

À minha mãe: alguém realmente especial!

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Mãe...


Quando não lembro que caminho seguir para fazer a coisa certa na vida; quando preciso de um conselho sincero sobre que roupa vestir para ficar mais elegante e ir naquela festa; ou preciso de um conselho sobre o que fazer diante de um dilema existencial; quando quero saber o significado de alguma palavra difícil sem ter que consultar o Google ou o dicionário; quando chego ao meu limite; quando sinto uma dor imensa no corpo - aquele resfriado - e sinto falta de alguém que faça um chazinho e traga remédio pra mim, mesmo sabendo que eu vou dizer que não quero; quando sinto uma dor na alma, que só o seu colo pode sarar; quando preciso de alguém que me defenda do mundo; quando sinto um orgulho imenso de um texto que escrevi ou de qualquer coisa boa-boba que eu faça; quando me dá aquela vontade de lembrar de alguém de que eu possa me orgulhar; quando preciso de uma boa bronca para deixar de ser imediatista e ansiosa; quando preciso ouvir um "presta atenção" sobre coisas erradas que venho fazendo comigo mesma, ou com os outros; quando sinto-me feliz por ser amada; quando quero ter certeza que sempre vai haver um lugar para mim nesse mundo; quando estou tão cansada e não quero conversar; quando preciso tomar decisões; quando preciso de um exemplo de mulher, amor e equilíbrio; quando quero doar meu amor para alguém que eu sei que o merece por tudo que fez e faz por mim... Tudo que mais desejo e preciso quando tudo isso acontece, é a minha Mãe! Minha maior estrutura e base. A única pessoa no mundo que não vai me virar as costas nunca.

Ah Mãe, queria que o mundo fosse bom para mim como você é. Queria que os dias me tratassem tão bem quanto você. Se a vida me entendesse e desejasse as mesmas coisas boas que recebo do seu amor materno, eu seria feliz para sempre... Grande Mãe que Deus me deu!

Minha homenagem, minhas palavras e todo o meu amor para você, sempre:
Maria José Pereira (minha Mãe - com muito orgulho).

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21 de mar. de 2013

Dos cadernos antigos...

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Fotografei para não perder a originalidade. Escrito à anos atrás.
Verdades ainda atuais...

(Clique nas imagens para ampliar)




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7 de mar. de 2013

Dia Internacional da... Superação. Ops...Mulher!

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Não somos seres de outro planeta, mas deste mesmo, em que você que me lê, está vivendo. Feitas da mesma matéria que outro indivíduo humano, mas cobradas exorbitantemente e cheias de história para contar. Claro, todos tem, mesmo não sendo mulheres, mas a nossa história é longa, é complexa e repleta de lutas e superação. Não defendo a perfeição ou certeza de que somos o belo sexo, ou outra frase feita que passeia por aí, mas... &*@#$% (leia-se uma palavra que te choque) Caramba, nós temos múltiplas funções:  mulher, filha, mãe, pai, donas da casa e "de casa", profissionais externas, acha tudo, orientadoras diante de situações difíceis, acalentadoras, e tantas outras... Podem pensar aí!

O fato é que foram funções/papéis introduzidos culturalmente, familiarmente, socialmente e acabamos fantasiando que podemos tudo ao mesmo tempo. Não acho que devemos, não me interesso em saber tudo e poder tudo. Só quero ser respeitada, acho que é isso. É só isso? É meninos que leem, apenas isso? Agora, vamos combinar, é preciso toda uma manutenção e isso requer carinho, atenção, mãos dadas "vez em sempre" e jamais ser traída em qualquer das dimensões humanas. Óbvio que existem outros aspectos que nos encantam, mas são apenas meios para se chegar a um certo fim. Resumindo, voltamos ao início: respeito e só! 

Eu sou mulher, sou suspeita... Não, na verdade eu sou quem deixa feita a arte de seguir além.
Além do que é dito, além do que for visto como impossível...

Deus não só sabia o que estava fazendo, ele tinha certeza absoluta e sureal.

Feliz nosso dia, e sim que seja percebível!
Amém!


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10 de fev. de 2013

Foi quando ouvi aquele disparo...

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Texto para o projeto Bloínquês

Ao som de: Ouça.




Estávamos distantes à algum tempo, longo tempo; mas não suficiente para um esquecimento, não em mim. 

Eu segui a minha vida, ele seguiu a dele e não nos falávamos mais, porque falar aproxima, junta, tece afeto e costura relações. Então a decisão foi silenciar os desejos e planos um dia dispostos no quarto, na sala, na praia, no amor.

Com o tempo, as pancadas de ausência já nem doíam mais, era morada certa para tudo aquilo que fazia sofrer dentro de mim.

Ao anoitecer daquele janeiro, era frio e nada parecia ter sentido... Foi quando ouvi aquele disparo. Mas não, eu não ouvi, estava tão envolvida naquele beijo e naquele abraço que foi ele quem ouviu e disse: se teu disparo for mesmo sincero e de coração, eu te entrego a minha vida, ficarei em tuas mãos. Fiquei estática, não consegui me mover, não consegui responder, mas eu queria dizer que sim.

Sem resposta, houve um leve beijo e a despedida. Agora sim era fim...

E aí sim, pude ouvir o disparo, meu disparo interno, como se gritasse que ele não poderia ir, me deixar, me esquecer, de novo... Um disparo que me acertou por dentro e permaneceu ali.

Morri em mim e acordei, enfim.

Foi quando ouvi o disparo, que agora era intenso, imenso e real...

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22 de jun. de 2012

Conexão outra.

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Há pessoas que me veem diariamente, me abraçam, conversam comigo, me escutam, me calam, enfim, interagem diretamente. Com estes, tenho uma conexão natural de quem está por perto. Mas este texto para você que me lê mas não me vê. É sim, pra você que encontrou nesse mundo vasto que é a internet. Olha, eu afirmo que nós temos um laço, construído através das palavras e emoções. Uma conexão outra e tão especial quanto àquela citada inicialmente. Em meio às molduras que crio aqui, tem vocês que me observam feito exposição da tela de Monalisa, sem saber ao certo o que a expressão significa. E assim é. Um mistério escancarado de mim vai sendo descrito e modelado, encoberto e desvendado... E seja qual for o momento, o agradecimento aqui ficará sempre registrado, pra você, que me lê, mas não me vê.

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27 de mai. de 2012

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Texto inspirado em : "O Voo da Guará Vermelha" - da escritora Maria Valéria Rezende

Ela, na cidade grande, só enxergava o cinza do cimento, via apenas aquilo que desejava ver. Cobrava pelo amor doado e... Doado? Mas se é doação não devia haver cobrança... As pedras não estavam apenas no caminho, mas nos bolsos do rapaz também. Amor de qualquer forma dado, de qualquer forma será pago. Será que a dureza que residia naquela vida era tão forte e arraigada que tinha de ser levada aonde quer que aquele homem fosse? Ele nascera sem nome, não sabia ler nem escrever e o que tinha para contar sobre a própria história eram fatos de abandono e amor que falta. O fato que a gente sempre acha quem queira escutar as nossas dores, e que bom. Contava e recontava para ela a sua história. Falar reorganiza e escrever também. Ele queria aprender a escrever, a se organizar por dentro. Assim, eles continuavam tendo um ao outro, mas contato de almas. Ele adormeceu escutando-a contar uma história e a segurou quando ela precisou de amparo; não estavam mais sozinhos. Até que ponto precisamos do outro ao nosso lado? Satisfazer-se e ir embora? E se houver algo maior que não permite ser possível impedir a despedida? Assim, ela se foi, satisfeita, feito quem fez o que devia fazer. Ele, feito gente que satisfaz, foi em busca de tudo aquilo que é capaz.



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19 de mai. de 2012

Sobre Ela, que me gerou.

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Ela é o sol. Quando está por perto ilumina qualquer escuridão, e aquece o meu coração. Ela é a fortaleza. Elimina qualquer ruído que não me deixa dormir à noite, ou que impede a minha paz na madrugada.  É a voz que motiva as minhas palavras a continuarem existindo. Primavera da minha vida, não importa qual seja a estação que atua lá fora. Sabe de mim de um jeito que ninguém mais sabe, porque só ela consegue ver. Uma espécie de canção que toca aqui dentro, poesia que só meu coração entende. Coisas dela e coisas minhas se misturam entre o cotidiano e, o amor é grande, mesmo que às vezes, desconcertado. Ela foi minha primeira paisagem e é o lugar mais lindo que já me permitiram estar. Minha maior fã e meu melhor agrado. Detetive particular de mim, descobre os meus disfarces e minhas variações. Especialista em meu jeito de ser e na metereologia da minha vida: se ela diz “não saia porque vai chover”, realmente chove, e eu me molho, porque discordei da informação. Às vezes, engana-se também, por falha técnica ou uso excessivo do ato de sofrer antecipadamente. Minha professora particular e assessora para assuntos escolares, tipo: encapar cadernos e nomear os materiais, até altas horas da noite; às vezes eu ia dormir, e ela ficava acordada, até terminar. Ensinou-se a rezar de mãozinhas juntas, pedindo ao meu anjo da guarda proteção e sabedoria, ao deitar e ao levantar. Acostumou-me a comer as besteiras deliciosas da época, que eu tanto adorava: cremogema de chocolate, pirulito com açúcar, entre outras. E ensinou-me a escrever bonito assim, antes de tudo, pra ela: em todas as datas comemorativas eu escrevia algo e crescia na minha relação com as palavras. Assim, concluo: às vezes é preciso que a gente passe por certas situações não agradáveis para que seja possível enxergar os fatos de uma maneira mais doce, mais amorosa. Mãe, não te troco por nenhum pai do mundo! Você é suficientemente boa.
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23 de abr. de 2012

Diálogo

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- Ah, então é por isso a tua felicidade...
- Exatamente.
- E o que vocês são? Namorados?
- Não.
- E então?
- Somos uma casualidade. Nem sol, nem chuva. Somos realidade, um começo, um quebra-cabeça de mil peças. Somos um encontro do bem. Somos sorriso, cheiros e abraços. Somos presença no começo do dia e no fim da noite. Somos um envolvimento contagiante. Somos uma sorte.
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