14 de set. de 2014

Carta para minha avó.

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Guardo as histórias que me contou. Sou grata...
E me dizia sempre: "por você eu faço tudo que eu puder".
Gostava de mostrar suas fotografias, as poucas que tinhas, e recordar...
Pouco lias, não sabias bem.
Mas gostava de escrever teu nome, tua identidade, orgulhosa de quem era.
Tinhas o dom de cuidar dos seus e dos outros.
Guardava consigo um infinito de experiências particulares, de dores, amores, ausências.
Um dia chorou e me disse, serena, que sentia uma dor por dentro, não podia explicar.
Mãos e pés cansados, mas insistentes, sempre.
Até que um dia, tua voz calou, mas não antes de chamar por mim...
E eu não estava lá.
O mundo não é tão bom sempre.
Mas eu continuo contigo, com a força que me emprestastes, para que eu jamais desistisse.
Eu sigo vozinha. Por nós!

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