Mostrando postagens com marcador Infância e Parentalidade. Mostrar todas as postagens

25 de mar. de 2019

Terror noturno infantil

Nenhum comentário :

O Terror noturno é uma atividade anormal do sono e faz parte de uma categoria de manifestações noturnas conhecida por parassonia. A hipótese mais aceita para explicar o terror noturno é que está relacionado com o desenvolvimento do sistema nervoso central, considerando que o cérebro ainda não esteja suficientemente maduro para realizar a transição entre o sono e o despertar.

• O terror noturno é bastante frequente em crianças, principalmente entre os 2 e os 5 anos de idade. Bebês de colo podem acordar chorando no meio da madrugada e crianças mais velhas costumam gritar ou emitir sons sem entendimento claro.

• Pesadelos acontecem durante o chamado sono R.E.M., ou rapid eye movement (movimento rápido dos olhos), que se dá no fim da madrugada. Já o terror noturno ocorre na primeira metade da noite, quando a criança ainda não atingiu o sono R.E.M. Muitas crianças acordam depois de um pesadelo. No caso do terror noturno, a criança dificilmente acorda por conta própria. Além disso, as pessoas se lembram dos sonhos ou pesadelos que tiveram, enquanto os que apresentam terror noturno não fazem ideia do que se passou durante a noite.

• Diante da situação, não acorde a criança, ela pode despertar assustada e demorar mais tento para restabelecer a calma. É necessário acompanhar o momento, oferecendo proteção, caso apresente sonambulismo ou irritação e corra o risco de causar danos físicos a si mesma ou aos pares. Acompanhe até que a criança se acalme e volte a dormir ou, caso acorde, ofereça proteção e carinho até que se acalme novamente.

• É muito importante manter uma rotina adequada de sono para crianças com terror noturno. Isso significa dormir cedo e reduzir a agitação antes do sono. Quando a criança chega agitada de passeios e festas, o risco de apresentar eventos de terror noturno aumenta.

• Existem crianças que passam a apresentar sintomas de privação de sono. Durante o dia, podem apresentar sonolência e irritação. Também ficam mais vulneráveis a doenças. Quando a criança apresentar prejuízos físicos, emocionais ou em suas atividades diárias é importante buscar ajuda médica e psicológica. Desta forma, diminuirá significamente os sintomas e seus efeitos nocivos.
Leia mais

26 de jul. de 2018

Aplicativos para controle dos pais - uso do celular

Nenhum comentário :

| Olha quem trouxe novidades: a Shirra! | Personagem fofa do meu livro infantil #pelospoderesdeshirra. ❤️

Existem mais de 1 bilhão de usuários de Android em todo o mundo, entre eles, crianças e adolescentes. Seja para fins pessoais ou acadêmicos, os dispositivos se tornaram parte integrante da vida. No entanto, há momentos em que há exposição de conteúdo impróprio e, para esta atenção e cuidado, existem alguns aplicativos de controle de pais gratuitos (todos os que cito aqui, são para Android). Vem ver e colocar em prática, combinado!

1.Kids Place
Possui modos personalizados (como bloqueio Toddler) e oferece suporte a vários perfis de usuários. Com isso, você pode bloquear determinados sites, aplicativos ou qualquer outro tipo de conteúdo inapropriado. Você também pode monitorar chamadas e mensagens.

2.Screen Time Parental Control
Você pode controlar o tempo que seus filhos gastam no dispositivo e também bloquear aplicativos, restringindo o tipo de conteúdo acessível.

3. Kids Zone
Se você está compartilhando seu dispositivo com seus filhos, então este é um dos melhores aplicativos para você.

4. KuuKla Parental Control
Você pode facilmente manusear os aplicativos que você deseja que seus filhos usem durante o período de tempo fornecido.

5. Parental Control Board
Recursos como configuração de limites de tempo, restrição de aplicativos, bloqueio de conteúdo, monitoramento de chamadas e mensagens, etc.

6. Famil Time
O aplicativo é particularmente útil para pais que têm adolescentes, com um recurso de delimitação geográfica e rastreamento, garantindo que os membros da sua família não sejam expostos a bullying cibernético ou a qualquer outro tipo de conteúdo inapropriado.

7. Kid's Shell
Você pode alternar entre diferentes modos e proteger seu conteúdo ou aplicativos, criando uma inicialização separada para seus filhos, permitindo que eles usem seu dispositivo para fins educacionais e recreativos.

8. Pumpic
Possui uma ampla gama de recursos, como monitoramento de registros de chamadas, mensagens, histórico de navegação, acesso a aplicativos, rastreamento de localização, filtragem de conteúdo, etc.
.
| Fonte: www.spyzie.com.br |
Leia mais

17 de abr. de 2018

Autismo - uma carta

Nenhum comentário :


Leia mais

4 de mar. de 2018

Você dedica tempo para conhecer o desenvolvimento infantil

Nenhum comentário :

O desenvolvimento infantil saudável é um processo que exige movimento contínuo dos adultos responsáveis. Leituras, buscas, trocas, para conhecer esta fase da vida tão potente na vida de todo ser humano.

Personalidade
Desde cedo, bebês já manifestam seu temperamento e as pesquisas mostram que a atividade motora fetal parece ser um indicador do temperamento verificado na infância. O ritmo da mãe, a produção hormonal e sobretudo o estresse, têm um impacto sobre o comportamento do feto.

Emoções e vínculo
O vínculo afetivo, permite à criança se adaptar, organizar-se, confiar em si mesma e buscar autonomia. Começa em casa, inclusive, quando os limites são colocados em prática, favorecendo habilidades cognitivas, sociais e emocionais.

Canções de ninar
O canto pode servir como regulador de atenção, diminuindo o estado de alerta no bebê que apresenta irritação ou aumentando a vigilância no bebê que apresenta apatia. Dessa forma, podemos constatar que a voz, o som, tem consequências benéficas sobre o comportamento dos bebês, especialmente na atenção, na indução do sono, na redução do choro e no aumento dos afetos positivos, intensificando a ligação entre os pais e a criança. 

Contar histórias
Pesquisas confirmaram que os bebês recordam experiências vividas antes do nascimento, chamando esta constatação de "impregnação pré-natal". O feto ouve e reconhece a linguagem com a qual tem contato e é capaz de recordar-se até determinado grau. Desta forma, entendemos que aquilo que é familiar pode ser facilmente utilizado para acalmar o bebê em momentos futuros, desde que o estímulo permaneça. Portanto, A favor de contar boas histórias, sempre!

Comunicação
Mesmo antes de aprender a falar, o bebê já se comunica por meio de gestos e a comunicação vai se dando pela observação e incentivo a verbalizar - construção de repertório para mais a frente utilizar. Quando o bebê começar a apontar para um objeto, antes de entregá-lo prontamente, pergunte o que ele quer, fale o nome do objeto e dê um tempo para ele tentar articular alguns sons.

Nutrição
O cérebro das crianças requer uma dieta equilibrada para cumprir com as funções essenciais de desenvolvimento. O execrado ou inadequação alimentar pode levar a obesidade e diversas doenças relacionadas. A desnutrição provoca atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo e empobrece a capacidade de atenção e memória, afetando a aprendizagem.

Rotinas e Limites
São necessárias e estruturam o mundo das crianças, já que lhe permite aprender como agir, antecipar consequências, esperar, se expressar emocionalmente e produzir consciência das suas ações. Vem ler aqui também.

Sono
O sono recupera, ajuda a crescer e permite o fortalecimento e consolidação dos aprendizados experimentados durante o dia.

Tecnologias
O uso de telas (televisão, tablets, smartphones, videogames, computadores) por parte das crianças, pode ser positivo e facilitar o aprendizado, desde que monitorado e por tempo moderado. Mais informações aqui e aqui. 
Leia mais

1 de mar. de 2018

Caderno das Emoções

Nenhum comentário :
💭 Podemos aprender sempre, mas quanto mais cedo, menor o esforço para conseguir o resultado e quanto mais jovem, maior a plasticidade do nosso cérebro (a capacidade de se modificar em resposta às experiências). Percebe a importância de ensinar às crianças sobre as emoções e como gerenciar um pouco de tudo que elas nos despertam? Com o passar do tempo e já tendo estas bases de aprendizagem, poderemos lidar melhor com a vida e valorizar a nossa saúde mental e emocional.

📖💕 Caderno das Emoções — para ser utilizado com crianças entre 5 e 11 anos (também podendo ser  adaptado para outras idades) — favorece a prática da Educação Emocional de forma lúdica e leve, por meio de atividades orientadas para desenhar, colorir, escrever, pensar, conversar e aprender sobre as Emoções primárias — Alegria, Tristeza, Raiva e Medo — e secundárias — Ciúmes, Inveja e Vergonha. Podemos aprender sempre, mas quanto mais cedo e mais jovem, maior a plasticidade do nosso cérebro (a capacidade de se modificar em resposta às experiências). Percebe a importância de ensinar às crianças sobre as Emoções e como gerenciar o que elas nos despertam? Com o passar do tempo e já tendo essas bases de aprendizagem, poderemos lidar melhor com a vida e valorizar a nossa Saúde Mental e Emocional.

• Ao realizar as atividades, com ajuda de um adulto, a criança poderá:
- Autocuidado;
- Inteligência Emocional;
- Aprendizado da Empatia;
- Consciência Emocional: reconhecer e nomear as Emoções;
- Criatividade e prática reflexiva sobre as próprias Emoções;
- Autonomia Emocional: expressar e reagir de maneira saudável;
- Adequação Emocional: treinar novos comportamentos.

Aproveitem bem e, mãos à arte!
Vamos juntos!

Mayara Almeida
Psicóloga | Psicanalista
CRP 13/5938
Leia mais

31 de jan. de 2018

Crescer faz parte, ok!

Nenhum comentário :

Quando um paciente cria uma história onde ele veio de outro mundo e quer muito voltar pra lá - um mundo onde só existem pessoas iguais a ele e que são crianças para sempre, "porque crescer é chato; adulto só trabalha" - você é tomado pela consciência de que a relação do adulto com o trabalho precisa mesmo melhorar, para que seja possível uma transmissão de que crescer tem lá suas intensas questões, mas não é algo que deve ser consumido de estranhamentos. É o natural da vida e não aceitar isto, pode vir a ser doloroso demais. 

| Aqui, eu tento. Trabalho e brinco. Trabalho e escrevo. Trabalho e descanso. Trabalho e canso. Trabalho e brinco de novo. Sigo me estranhando mas buscando o que eu posso fazer com todo esse tanto e continuar: sendo, brincando, trabalhando, crescendo. | 

E por aí, como está a percepção do "ser adulto"?


Leia mais

22 de jan. de 2018

Palavra de criança

Nenhum comentário :


Quando observamos as crianças em suas brincadeiras e conversas habituais, podemos perceber que, muitas vezes os pequenos apresentavam dificuldades para nomear o que sentem. Pedi a seis crianças que criassem suas definições para algumas palavras que, utilizamos usualmente e, portanto, fazem parte de sua rotina de escuta, mesmo que indiretamente. O resultado apresenta um pouco de como estão sendo construídas as suas percepções sobre a vida. 
Esta conscientização sobre "o que é o quê", muito além da fase dos “porquês”, é muito importante pois promove maior autonomia e a possibilidade real de pensar, favorecendo as relações.

Adulto: “é gente grande” - T, 14 anos

Dinheiro: “é um papel que tira no banco” - T, 14 anos

Mãe: “é uma pessoa que cria a gente” - T, 14 anos

Nuvem: “é uma coisa no céu que faz chover” - J, 11 anos
“É um algodão doce” - M, 12 anos

Ordem: “é quando o pai não deixa sair” - M, 12 anos

Pai: “é o querido da mamãe” - G, 9 anos

Saudade: “é quando alguém viaja e a gente fica” - A, 11 anos

Saúde: “é felicidade” - R, 11 anos

Tristeza: “é o vento” - J, 11 anos

Universo: “é um verso” - T, 14 anos
“É onde as pessoas estão no mundo para sempre” - G, 9 anos






Pergunta aí à sua criança! 
Brinque de pensar sobre as palavras.
Converse, estimule a imaginação e o ser-si.
Leia mais

13 de set. de 2017

Em que você ainda acredita?

Nenhum comentário :

E na fila de uma loja, estou na frente de uma mãe com duas filhas (criança e adolescente):

- Eita mãe, uma espada! "Yah!"
- Deixa isso, é de menino!

Eu sorrio e continuo: - Ah mãe! Meninas também podem ser poderosas. Você lembra da Shirra, irmã do He-man? Ela tinha espada, superpoderes e a gente adorava!

- É verdade! (Pegando a espada) Ela dizia: "Pelos Poderes de Shirra!" Eu gostava mesmo!

- Você pode resgatar alguns episódios no youtube, acho que as meninas vão gostar de ver. 

- É. Obrigada!

Fim da conversa. Fila que segue...

E reflito: em que momento deixamos de lado aquilo em que acreditamos, a força que temos e nossos gostos mais simples e com significado? Aquela mãe - que poderia ser eu ou você - em algum momento, deixou de acreditar e isso movimenta as relações e gerações. 

Eu lembrei do livro infantil, recém publicado por mim e como é importante resgatar este encantamento para usar na vida. Todos podemos ter - e temos - superpoderes. Não aqueles onde saem raios ou outras energias pelas mãos, mas poderes diários e renovável em qualquer tempo. Mas a gente só acredita em algo, se a gente acreditar em algo. Bem assim! 

E você? Em quê ainda acredita?
Leia mais

11 de set. de 2017

Nasce um bebê e ... (Não) nasce uma mãe. Não necessariamente.

Nenhum comentário :

Ainda vivemos numa cultura em que prevalece a ideia de que a maternidade é um instinto (da ordem apenas do biológico). Mas é necessário lembrar que o nascimento (psíquico) de uma mãe não coincide com o nascimento biológico do bebê. Isto significa que, do ponto de vista emocional, uma mãe não nasce quando nasce um bebê. Uma mãe é construída e reconstruída dia após dia a partir de sua história pessoal, das representações sobre o que é ser uma mãe, das interações que estabelece com seu bebê e do suporte que recebe de seu ambiente.

Muito acontece com as mulheres a partir da maternidade. Frequentemente relatam que querem dar conta de tudo, mas é preciso ajustamento à nova identidade e às descobertas em relação ao seu (desconhecido) bebê. Um bebê foi desejado, mas é o real que nasce. Uma mãe foi idealizada, mas é a mãe possível que vai funcionar e existir. Nasce um bebê. Constrói-se uma mãe. Sim, tipo lego, pecinhas, encaixes na prática.

A serviço da maternagem devem estar todos aqueles que se ocupam do casal e do bebê. Sejamos rede de apoio! 
Leia mais

27 de ago. de 2017

Como pode, o seu trabalho ser brincar?

Nenhum comentário :

Dia desses, numa sessão inicial com uma criança de cinco anos:

- Agora é a sua vez. Quer saber algo sobre mim?
- Hummm. Quero: onde você trabalha? Pergunta a criança.

Eu dei risada, pois estava claro que aquela configuração de trabalho não era possível ainda em sua cabecinha: - Eu trabalho aqui. Sou Psicóloga.

Ela olhou rápido ao redor, e com uma expressão séria, questionou: - Como pode, seu trabalho ser brincar?

O nosso vínculo com o trabalho (em qualquer profissional) parece ser tão rigoroso, que o lúdico no trabalho ainda pode ser mal interpretado, tantas vezes. E se tratando da Psicologia, é preciso também reinventar para alcançar a diversidade humana. Mas, que fique claro, a gente só pode sair viajando por aí, quando sabemos como e para onde retornar, assim nos sentiremos seguros - não sempre, mas com algum norte. Do contrário, a gente se perde, fica tonto de tantas voltas e leva para a incerteza, quem estiver na viagem.

É um trabalho conjunto, de formação de vínculo: se o paciente estiver forte, ótimo, você está; se o paciente estiver frágil, você precisa continuar forte, continuar lá, mesmo se você não está. Entende a delicadeza surreal? Entende a necessidade de terapia para profissionais? Não há uma regra, há seres humanos vivendo situações semelhantes ou diferentes e exigindo de si e dos outros ao redor, diversos esforços que movimentam ativamente as emoções. Não há um jeito único, uma forma definitiva, há um outro olhar, um pouco mais de atenção aos detalhes ao que é feito e falado. Várias maneiras de ser chegam ao consultório, que é uma espécie de laboratório da vida real, onde o sujeito é um pouco do que tem sido lá fora, misturado com o que gostaria de ser mas por algum motivo, não é. Às vezes, é preciso dizer aos pais: o que vocês acham que estão ensinando ao agir assim, indo contra os combinados? Às vezes, é preciso dizer ao adulto: olha, tu pode errar também, e tudo bem. Às vezes, é preciso dizer ao adolescente: se tu não fizer outra escolha, vai estar sendo exatamente aquilo que eles são com você, e vai se chatear demais quando perceber isto. Às vezes, é preciso dizer à uma criança que faz uma birra incrível, na frente da mãe que sorri: a mamãe está achando engraçado, mas eu não e, por isto, ficarei em silêncio até que eu perceba que isto aqui é sério para todos nós. 

Quando dizer ou fazer tudo isto? Não sei. Talvez eu só tenha feito uma vez, ou três; ou ainda não tenha feito nada disso. A questão é estar atento ao que demanda a situação e considerar a possibilidade de ser ética, sem ser permissiva desnecessariamente.  

Na terapia, é bom e precioso saber voltar, para poder continuar a seguir, considerando o outro, este que você sabe sobre, um pouco, e vai emprestar a si mesmo, para que ele aproxime-se da sua real ou ilusória confusão e se reconstrua então, ou não. Entende como não cabe numa lista, num texto, num tamanho qualquer? A Psicologia, e aqui acrescento a psicanálise (que é o instrumento-agulha das minhas costuras profissionais) - é uma experiência, uma escolha e, escolhas são únicas.
Leia mais

14 de jun. de 2017

Livro Infantil: Pelos Poderes de Shirra

Nenhum comentário :
| R$ 35,00 |

Este livro nasceu de uma inspiração pessoal da minha infância. Gostava de assistir aquela heroína que segurava uma espada e dizia em alto e bom som: eu sou Shirraaa! Ali, desperta a um misto de empoderamento e encantamento que dura até hoje e, assim, decidi permitir nascer o meu primeiro livro infantil. Está lindo e colorido. Cheios de boas mensagens e imagens. Vem conhecer mais!

“Pelos Poderes de Shirra” conta sobre uma garotinha e sua maneira de lidar com o mundo. A história acontece, na maior parte do tempo, no ambiente escolar, onde a Shirra compartilha gentileza e imaginação, junto de seus amigos Liz e Guto. A professora valoriza e fortalece, naturalmente, as boas atitudes das crianças. Assim, Shirra vem nos pegar pela mão - pequenos e grandes - e conduzir às infinitas possibilidades infantis, lembrando que há sempre um grande herói ou heroína, dentro de cada um de nós.

✓ Pode ser utilizado no consultório ou escola, como ferramenta para trabalhar a autoestima, autorização das habilidades individuais, bem como estimular atitudes de gentileza.


✓ Também com adultos, como dose de imaginação necessária para produzir mudanças; é preciso sonhar e, muitas vezes, embotamos este percurso.

Adquira o seu!

Editora Penalux.

Ilustrações de Roger Cartoon.

Mayara Almeida
Autora - Psicóloga e Escritora
Leia mais

5 de jun. de 2017

A história do "bubu" encantado

Nenhum comentário :


A infância é este lugar de afetos, e interações com pessoas e objetos de forma importante, para ajudar a criança, diante das aprendizagens e passagens entre as fases de desenvolvimento. Paninhos, chupetas, ursinhos, podem funcionar, por vezes, como objetos transicionais, com esta função de ajuste e acolhimento necessários mais intensamente, para algumas crianças. Enquanto profissionais, temos a função de caminhar junto para apoiar e fortalecer a personalidade diante das mudanças necessárias. Criar histórias junto com a criança, torna possível passar pelo caminho assustador, sentir os medos e enfim, poder falar ou demonstrar sobre o que nem sempre é confortável. 

Abaixo, criação minha (negrito) e de uma criança de 3 anos (vermelho) que estava passando por um processo de despedida do "bubu" (chupeta). A imaginação livre foi a condutora principal: eu iniciei, a criança continuou e quando ele parava, eu incentivava: "o que mais?" ou "e aí?", até que ela resolveu silenciar e eu finalizei.

Vem ler e se inspirar, caso algum pequeno precise de uma historinha!



A história do "bubu" encantado

Era uma vez um bubu encantado, que vivia no mundo dos bubus. Só ele era encantado porque tinha o poder de se transformar em tudo aquilo que o seu dono quisesse. Certo dia, alguém compro-o no supermercado e levou para casa. Sem saber que era encantado, desejou ser um... astro de papel. A magia era tão forte, mais tão forte que, logo apareceu o seu desejo. O bubu era quadrado, mas ao se transformar ficou transparente. E ele se transformou em uma princesa. E princesas não usam bubu. Aí ele virou um lápis encantado e tava muito bravo, pois já não era um bubu. Ficou de transformando em várias... coisas, estava descontrolado e então, sumiu.

Leia mais

24 de fev. de 2017

"O que as crianças querem de você" *

Nenhum comentário :

A criança se expressa de diferentes maneiras e todas elas fazem parte de um percurso em busca da comunicação. Durante a brincadeira, expressões ouvidas e inventadas colorem as tentativas de expressar um incômodo ou descoberta. Há quem compreenda, há quem se afete e reaja com estranheza.

Existe uma força no discurso dos pais que a criança pode acolher e, à duras penas, comprovar que os pais estão certos. É importante saber então que, para a criança, você - adulto - está sempre certo. Então, que certezas está oferecendo à sua criança?


* O que as crianças querem de você

Não me mime
Eu sei muito bem que não posso ter tudo o que eu peço - mas eu quero provar meus limites.
Não me trate como se eu fosse menor do que eu realmente sou
Se você fizer isso, você me impede de virar um adulto auto-confiante

Eu vou prestar muito mais atenção nas suas palavras se você falar comigo com calma e olhando nos meus olhos.
Não faça uso de violência comigo
Com seu exemplo, eu posso aprender que com violência se consegue o que quer
Não se espante demais se eu disser: “Eu te odeio!”
Eu não te odeio, mas sua autoridade sobre mim está estragando meus planos
Não me proteja exageradamente de consequências desagradáveis
No final das contas, eu aprendo encarando minhas experiências e as consequências dos meus atos

Às vezes eu só quero chamar um pouco da sua atenção, fale para mim que não está certo e seja você mesmo um exemplo de bom comportamento.
Não reclame e resmungue o tempo todo comigo
Para minha auto-proteção, vou me fingir de surdo quando você falar demais
Não faça promessas impossíveis de serem cumpridas
Lembre-se que quando promessas são quebradas eu me sinto traído e desamparado

Não diga que meus medos são bobos
Eles são verdadeiros para mim, e você pode me ajudar se você tentar compreendê-los.
Não tente se mostrar como uma pessoa sem defeitos e que não erra nunca
O choque será grande demais quando eu descobrir que você também tem muitas falhas

Não faça muito caso dos meus machucadinhos
Se você der muita importância para eles, vou aprender a procurar ganhos e desculpas na doença
Não se considere superior demais para de desculpar comigo
Talvez você se surpreenda com isso, mas uma desculpa sincera desperta em mim compaixão e afeto

Tradução livre do texto Kinderwünsche de A. Lücke
Leia mais

29 de jan. de 2017

O que é a superdotação?*

Nenhum comentário :
Resultado de imagem para superdotação pinterest

A superdotação é um fenômeno que se caracteriza por uma elevada capacidade mental e um nível de performance significativamente superior à média. 

Diferente de uma habilidade, que pode ser adquirida através do aprendizado, a superdotação é entendida como um talento, uma aptidão inata; ou seja, o indivíduo nasce superdotado, e necessitará de um ambiente que lhe ofereça condições para exercer essas capacidades de forma adequada. Estes indivíduos, além das elevadas capacidades intelectuais, criativas ou artísticas tem forte espírito de liderança, e frequentemente se destacam numa determinada área acadêmica. Sabe-se que se trata de um fenômeno com marcadores genéticos, porém a vivência num ambiente com melhores recursos e estímulos promovem um desenvolvimento cada vez maior das capacidades mentais do superdotado.

Entretanto, os superdotados não precisam ser bons em todas as áreas. A superdotação pode ser geral ou específica para alguma área do conhecimento. Por exemplo, uma pessoa pode apresentar uma capacidade extraordinária em matemática ou na música, porém na área linguística, suas competências não serem igualmente superiores.

Há um conjunto de características que podem servir como indicativos na avaliação da superdotação. Vale ressaltar que os superdotados podem apresentar diversas dessas características, mas não necessariamente todas elas:
  • Desenvolvimento neuropsicomotor precoce: a criança engatinha, anda e fala mais cedo do que o esperado, com vocabulário avançado para a idade;
  • Habilidade superior para manutenção da atenção;
  • Ótima capacidade de memória com elevada e rápida capacidade de aprendizagem;
  • Persistência e motivação para a resolução de problemas;
  • Aquisição precoce da leitura;
  • Habilidade acima da média com números e aritmética;
  • Curiosidade incomum, desejo de aprender e capacidade de elaborar questionamentos de forma ilimitada;
  • Interesses em áreas específicas, podendo tornar-se especialista no assunto;
  • Criatividade;
  • Sensibilidade elevada, podendo apresentar fortes reações em relação a parte sensorial (ruídos, odores, dores), e especialmente à frustração;
  • Comportamento de liderança;
  • Energia elevada, o que pode ser confundido com hiperatividade, especialmente quando não estimuladas adequadamente;
  • Aguçada percepção de relações de causa e efeito;
  • Facilidade para estabelecer generalizações, ou seja, transferir aprendizagens de uma situação para outra;
  • Elevado senso crítico: rapidez em identificar contradições e inconsistências;
  • Pensamento divergente: habilidade em encontrar diversas idéias e soluções para um mesmo problema;
  • Tendência ao perfeccionismo.
Ainda, as crianças superdotadas podem eventualmente sofrer de problemas no ajustamento socioemocional. Uma vez que o desenvolvimento das capacidades mentais e intelectuais encontra-se muito acentuado e incompatível com os pares da mesma idade, é comum que o superdotado tenha prejuízos na interação social, devido a dificuldade em compartilhar os mesmos interesses. Alguns acabam por se relacionar com crianças mais velhas ou adultos, ou até mesmo podem apresentar um grande apreço pela solidão. Se a criança superdotada não for auxiliada pela família ou até mesmo por um profissional para lidar de modo adequado com sua condição, esse desajuste socioemocional pode evoluir para problemas de personalidade, depressão e ou traços de agressividade.

Os pais devem auxilar para o desenvolvimento psicológico mais saudável possível:
  • Oferecer um ambiente com recursos que estimulem continuamente as capacidades mentais da criança;
  • Evitar a supervalorização e as expectativas quanto ao desempenho da criança; ela mesma, em geral, já é muito exigente, e os pais devem aceitar falhas e ajudar a criança a enfrentar dificuldades de qualquer ordem.
  • Ajudar a criança a lidar com frustrações emocionais; apesar do superdotado não passar por dificuldades no aspecto acadêmico, o fracasso faz parte de outros contextos da vida, e prepará-lo para isso é favorecer seu desenvolvimento emocional saudável;
  • Não se esquecer que, embora possua capacidades avançadas para sua idade o superdotado deve ser tratada de acordo com a sua faixa etária de desenvolvimento.
Um psicólogo treinado poderá ajudar na detecção de possíveis pessoas altamente habilidosas por meio de avaliações específicas; orientação de famílias e professores; encaminhamento de crianças altamente habilidosas à escolas que possam suprir a necessidade de estimulação, enviando relatórios das avaliações feitas nas diferentes áreas.

* Com base neste artigo: Superdotação

Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
mayarapsicologia@hotmail.com

Leia mais

4 de dez. de 2016

A maternidade e seus desafios

Nenhum comentário :


O nascimento de um filho é potencialmente um momento de crise, independente da forma com que chegou, porque, necessariamente, a mãe terá que dar conta de muitas questões identitárias: deixa de ser somente filha para tornar-se mãe, vem à tona as experiências do relacionamento com sua própria mãe, questiona-se a respeito de que tipo mãe quer ser, entre outras reflexões.

A partir da escuta de mulheres grávidas do segundo filho, observo que os aspectos mais ressaltados, não se referem à plenitude vivida nesse momento – como comumente se imaginou durante tanto tempo – mas sim, às dificuldades enfrentadas a partir da chegada de mais uma nova etapa. Os principais temas relatados são: falta de apoio do companheiro, seja nos cuidados com a casa, com a outra criança e ainda, sobre a valorização enquanto mãe, crise profissional e dúvidas sobre precisar ou não de uma babá para ajudar nos cuidados com duas crianças, numa culpabilização sobre não dar conta. Ainda, a surpresa de ser ouvida sobre suas angústias e dúvidas: "estou até me sentindo valorizada". Daí, um pequeno recorte da importância de programas e projetos pré-natais, que acolham a realidade da gravidez.

Sem fazer juízo de valor, acredito que precisamos compreender os limites colocados em nosso dia-a-dia diante da maternidade e paternidade. Diminuir a carga social e pessoal que é colocada diante de cada mulher-mãe que vivencia a realidade de maternar. Como diz o provérbio indígena que valorizo: "é preciso da aldeia inteira para criar uma criança".
Leia mais

26 de out. de 2016

Princesas ou Desprincesamento - eis a questão

Nenhum comentário :


Nem tanto, nem tão pouco - ou seja - é preciso buscar o equilíbrio quando o assunto são princesas e contos de fada.

Acredito que desejar ser princesa ou  representar, vestindo fantasias, é algo natural e saudável na infância. Reprimir as crianças diante deste aspecto da fantasia é nocivo e pode ter efeitos sobre a personalidade. Os contos correspondem simbolicamente ao movimento de passagem que aquela criança pode estar vivenciando ou almejando. É extremamente importante é estruturante que a criança tenha seu momento princesa, bem como bruxa, rainha má, guerreira ou até Bob Esponja. A fantasia é aliviante, porque lá, tudo pode sem desconstruir o real.

Portanto, deixe a criança ser princesa ou monstro, se esta atitude surgir espontaneamente, pois no fim das contas, todo conto fala sobre nós: do que temos tanto, ou não temos mais e, por isto, talvez incomode neste momento.

Mayara Almeida 
Psicóloga - CRP 13/5938
Leia mais

13 de out. de 2016

O tempo é uma criança brincando

Nenhum comentário :
☆ Cena 1
- "Não tem problema não. Eu vou consertar". Diz o garotinho diante dos blocos que, ao cair, desmontaram o avião. 
- Ah, que ótimo! Muito obrigada. 
- Eu conserto tuuudo, sabia?

☆ Cena 2
- Tiiia! Ela colocou a xícara dentro do meu carrinho! Diz ele, muito bravo.
- Foi que caiu tia! Ela se defende.
- Sabe que eu tive uma ideia? Vamos fazer um chá pra todos! Estacionem os carros, tragam os bonecos, as bonecas e vamos preparar. Cada um ajuda um pouco, combinado? Agora é hora de provar! Hummm! Que cheirinho delicioso. Prova aqui! Oferecendo ao dono do carrinho, um gole imaginário do chá. Quem quer mais? 
- Eeeu! Várias vozes que se conectaram através da brincadeira mediada e transformada para o bem do grupo.

E assim é! Como o título deste texto, que é uma fala de Heráclito, filósofo  pré - socrático, considerando os aspectos semelhantes entre o tempo e uma criança brincando: não volta atrás, não espera e não se julga por isto. Brincar serve, como nas cenas acima, para experimentar e resolver; para equilibrar a emoção e a razão.

Se possível - e desejo que seja - ajude à criança para que diminua, sabiamente, o uso de objetos de pilha e bateria. Eles fazem o que nós poderíamos inventar e acomodam a criatividade necessária para a vida. A melhor energia, é aquela que a criança já dispõe, mesmo porque, brincar é simples: mais presença e menos presente. Elas precisam do nosso tempo, exemplo, abraços e histórias sobre quando éramos pequenos. Um pouco, todos os dias do ano!

Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
Leia mais

18 de jul. de 2016

Precisamos falar sobre Limites

Nenhum comentário :


Dias desses, no shopping, surpreendo-me ao ouvir uma mãe irritada, falar em alto e bom som: 

- Vou te colocar na OLX, vai ser o jeito. 
- Nãaao mãe (a criação reage, chorando e gritando ainda mais, pois deve ter feito uma associação desagradável com o olx e a venda de si mesmo).

Olhei e senti uma imensa vontade de me aproximar e dizer: "mãe, seu filho é uma pessoa, não uma coisa. Pessoas não devem ser vendidas". Mas não seria adequado, então não o fiz. Não é a primeira vez que vejo cenas assim e sinto um enorme desejo de desfazer o nó que está sendo dado. Mas sei que não é assim que as coisas se resolvem, por isto fiquei refletindo sobre a tênue linha entre as correções e os limites das mesmas. 

Para falar sobre limites infantis, é preciso repensar os nossos próprios limites. Sim, os limites dos adultos. Quais são os seus? Quais os limites que se permite ou proíbe diante daquilo que acredita? É preciso pensar sobre a nossa disposição diante dos cuidados impostos à criança. E ouví-la. Se você não ouve as crianças, você as perde.
Leia mais

29 de jun. de 2016

Sobre a descoberta da sexualidade na infância

Nenhum comentário :

"Ela (6 anos) se trancou no quarto e estava mexendo lá" - relatou a mãe. 

É importante observar como estavam as emoções da criança, antes e depois da atitude: ansiosa, com medo, agitada? Observe e busque conversar sem gritar ou castigar, afinal, ela está descobrindo seu próprio corpo (algo natural) e precisa ser orientada adequadamente.

Se a atitude for excessiva você pode combinar: “todas as vezes que sentir vontade de mexer no pintinho ou na pepeca, me fale e eu vou te ajudar a lembrar de alguma coisa divertida para fazer”.

Se é um fato que acontece em público, você pode chamar a criança e lembrar da importância da intimidade preservada, que a atitude não deve ser realizada na frente de outras pessoas.


1- Crianças descobrem a sexualidade de várias maneiras e em idades diferentes (de zero a 6 anos, em média). Antes dos 6 anos pode parecer estranho, mas não é incomum.

2- Crianças pequenas podem descobrir sensações diferentes, sob um assento, brinquedo ou outro objeto. As meninas podem ainda apertar o órgão usando os músculos da perna.

3- Apesar do nome “masturbação”, na infância essa prática não tem a conotação erótica que tem na adolescência e vida adulta. Para as crianças, é simplesmente como sentir cócegas, sem qualquer ligação com fantasias sexuais.

4 - Pode ser um recurso que a criança usa, quando está em um local especialmente estressante e/ou para bloquear estímulos externos que ela sente como pesados demais para si mesma.

5 - A sua reação deve ajudar a desenvolver uma atitude de aceitação em relação a si mesma e ao próprio corpo, portanto, jamais usar “tire a mão daí!!” ou “isso é muito feio". Busque ajuda profissional para uma intervenção adequada.
Leia mais

26 de jun. de 2016

Dificuldades em dar tchau à fraldinha? *

Nenhum comentário :


Com dois anos e meio, em média, a criança tem coordenação motora para colocar e tirar a própria fralda. Uma sugestão é guardar algumas fraldas no banheiro e mostrar à criança que ela pode escolher usar a fralda ou a privada (com a adaptação adequada). Mesmo que nas primeiras vezes ela tenha que ter ajuda de um adulto, é ela quem deve colocar a fralda, retirá-la e depois jogar o cocô na privada. Ao perceber que ela é responsável pelo seu cocô (e não quem põe e tira a fralda), que não perderá o amor de quem ama se não lhe presentear com uma fralda com cocô, a criança pode, em geral, conseguir com êxito, fazer a passagem nesta etapa do desenvolvimento. 

* Observe a sua, e também a rotina da criança e perceba se a sugestão é adequada. 

Mayara Almeida oferece a Roda de Conversa gratuita sobre Maternagem Saudável, todo 1° sábado do mês, na Colmeia - Espaço Criativo (João Pessoa/PB).

Leia mais