1 de dez. de 2013

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Ela entra no trem e rapidamente escolhe um lugar onde as duas cadeiras estão vazias: senta na ponta (estratégia de quem acredita na dificuldade de alguns sujeitos em pedir licença para passar e sentar no canto); alguns sujeitos, de fato, outros não. Ele chega e pede para sentar ao lado. Ela não podia dizer que não, o lugar é público, então ele sentou. Ela colocou os fones no ouvido e ele comentou: “caso não queira conversar, não se preocupe, eu entenderei”. Ela ficou ruborizada, ele havia entendido que a atitude dela, era um tanto reveladora. Não é todo dia que um cara bonitinho senta ao lado e é cuidadoso com o que vai falar. Deram risadas diante da situação e informaram os respectivos nomes. Ela disse que não poderia demorar a prosa, pois já "saltaria" na próxima parada (outra estratégia de quem não quer ser chata, mas também não quer conversar). Com a mesma rapidez que aquele ônibus seguia, ela queria acabar por ali mesmo aquela possibilidade de alguma coisa. Não podia mais amar, por um tempo seria assim. Então, colocou o fone e seguiu, até, quem sabe, uma próxima oportunidade com outro alguém, naquele suposto trem...

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