31 de out. de 2014
Sete "pecados" mentais (capitais)
* Preguiça
A preguiça é uma importante causa do alcoolismo e das toxicomanias. O preguiçoso quer sensações? Então basta enbreaguar-se em alguma droga. É bem mais fácil do que esforçar-se para entender a realidade. Posição de vítima, zanga-se facilmente, achando que o mundo existe apenas para servi-lo. Terreno fértil para as doenças mentais: não pensando, a pessoa perde o sentido da realidade, torna-se imatura, rancorosa e acusadora. Vive na fantasia. Frigidez ou desinteresse na vida sexual. No amor, não quer relacionamentos que lhe deem trabalho. Preguiça de viver a própria vida.
* Ira
Uma agressividade exagerada arruina os relacionamentos. Qualquer coisinha gera, de início, rancor. Difícil afeição que prospere. O mundo torna-se detestável e extremamente perigoso. A personalidade agressiva enxerga tudo por uma lente de aumento. Essa é uma das importantes causas da paranóia e da mania de perseguição. Possuído pelo pessimismo e pelo medo, muitas vezes vai morar na fantasia. A tentação de resolver tudo, não pela habilidade e compreensão, mas pela força bruta, no peito e na marra.
* Gula
Por gula a psicanálise entende uma tentação à comilança, em todos os sentidos do termo. Inclui a comida, o aspecto intelectual, a afetividade; a vida sexual e financeira. O problema da gula é que ela proporciona um permanente estado de frustração. Isso se manifesta também com relação ao apetite de conhecimento. Não lê livros. Devora-os. Num primeiro momento, provoca o impulso para a bisbilhotagem, para a espionagem. Ainda, uma sexualidade gulosa vai gerar a ninfomania nas mulheres e a sexomania nos homens.
* Avareza
A pessoa está sempre fissurada no mesquinho, no detalhe, no irrelevante, no banal. Ligam-se desesperadamente em dinheiro. Usa as emoções a conta-gotas, como se elas fossem acabar. Várias depressões ou manias de perseguição são causadas pela avareza.
* Inveja
A inveja é considerada pela psicanálise uma das principais causas de todas as doenças mentais. No entanto, a inveja tem limites, além dos quais ela arruina a vida de qualquer um. Isso porque a inveja desperta, a todo momento, os piores sentimentos. Existem apenas competidores, em uma luta de vida e morte, da qual só poderá sair um único vencedor. Cada conquista na vida de seus pares e parceiros é uma tortura.
* Orgulho
Uma certa dose de narcisismo, vaidade e orgulho faz parte da natureza humana e é saudável. Contudo, orgulho em excesso gera, uma vaidade doentia, uma das principais causas da insegurança e da timidez. Além de tudo o mais, o orgulho em demasia gera um estado de arrogância, de não poder reconhecer os erros. Tudo se torna motivo para que a pessoa se sinta humilhada.
* Luxúria
Várias são as causas que podem levar a uma supervalorização do sexo, ou seja, à luxúria. No fundo, são pessoas inseguras e não amam o sexo tanto quanto dizem. Estão apenas viciadas na ilusão de entrega que ele provoca.
5 de out. de 2014
Eduque sua criança
1. Eduque sem culpa
Demonstre carinho, converse e brinque. Assim, você cria uma maior cumplicidade com a criança. Segura de que tem a atenção dos pais, ela aprende que não precisa recorrer à desobediência para chamar a atenção. Dessa maneira, quando você precisar impor uma regra, a criança compreenderá mais facilmente que há momentos em que ela deve obedecer. Assim, para criar um bom vínculo com uma criança não é preciso dar presentes ou mimar demais, mas brincar com ela: dedique pelo menos 15 minutos para brincar.
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Entender que existem regras faz parte de um importante processo de aprendizagem
da criança. Por isso, os pais devem sentir-se autorizados a educar, já que
serão cobrados por isso. Assim, nada de tentar compensar a ausência por meio da
superproteção ou de permissividade: ao perceber que os pais se sentem culpados,
a criança pode adotar comportamentos manipuladores.
2. Crie um bom vínculo afetivo
Demonstre carinho, converse e brinque. Assim, você cria uma maior cumplicidade com a criança. Segura de que tem a atenção dos pais, ela aprende que não precisa recorrer à desobediência para chamar a atenção. Dessa maneira, quando você precisar impor uma regra, a criança compreenderá mais facilmente que há momentos em que ela deve obedecer. Assim, para criar um bom vínculo com uma criança não é preciso dar presentes ou mimar demais, mas brincar com ela: dedique pelo menos 15 minutos para brincar.
3. Dê ordens claras
Dialogue sempre, use linguagem adequada à faixa etária da criança e tom firme.
Ao dar uma ordem, olhe nos olhos da criança: Diga o que ela deve fazer uma
única vez. Aguarde alguns minutos e verifique se ela já fez o que você pediu.
Se não, pegue-a pela mão e a acompanhe na execução. Repita até que ela se
condicione a atendê-lo.
4. Diante da birra, permaneça firme
Quando a criança começar a fazer birra, mantenha a calma. Reforce que você não
poderá atendê-la naquela hora e seja objetiva. Se estiver em público, não se
preocupe com os comentários ou olhares das pessoas. Também não faça discursos
ou ameaças enquanto a criança estiver chorando. Apenas tente desviar a atenção
dela para outra coisa, mas não ceda.
5. Educa-se o tempo todo
Lembre-se: educar é uma atividade contínua e você precisa dar o exemplo. A
criança aprende muito por meio do que observa em seu cotidiano.
28 de set. de 2014
Sexo e Sexualidade via internet

Ao anunciar o assunto sexo, há quem já se anime, esperando a coisa, o ato, a cena, a cópula, a
imagem. Outros associam a algo pornográfico, sujo, feio, embora um dos meios mais lucrativos da pornografia é a pornofonia, representada
pelo “Disk Sexo”, que não está associado a imagens, apenas à fala, palavras e
fantasias de quem está do outro lado.
Talvez
em razão da própria origem da palavra: o sexo, o órgão, que sempre foi algo que
devia ser mantido guardado; ou seria escondido?, tornou-se bagagem excessiva
para alguns suportarem.
Todo
esse fervor sexual que se apresenta, considero uma resposta da sociedade que
está escassa de afeto, toque e tato. E aquilo que é proibido, vivencia a
tendência do desejo obrigatório. Assim, nestes tempos modernos, deseja-se
aproveitar qualquer espaço para sensualizar ou mesmo atuar sexualmente. A
internet está esborrando sexo: seja o ato (em vídeos), seja o próprio desejo
9em palavras, imagens e propagandas convidativas)
Para a Psicanálise, a
sexualidade está diretamente relacionada à libido (pulsão), fantasia, desejo,
erotismo que reage ao toque, à escuta, à visão, ao olfato e que, não está só
relacionado ao órgão sexual, mas com o corpo, como um todo, tendo
o prazer como a sua meta e só secundariamente vindo a servir às finalidades de
reprodução.
Muitos usuários de site e chats eróticos, de
encontros ou mesmo pornográficos apresentam papéis diferentes em situações
diferentes porque buscam ser aceitos pelos outros, ou mesmo para os seduzir. E
no espaço virtual há uma possibilidade menor de sermos ‘desmascarados’. É
possível que quando um homem, ou mesmo uma mulher se faz passar por alguém do
sexo oposto, esta pessoa esteja ‘vivendo’ sua homossexualidade, mas também pode
ser que esteja experimentando suas fantasias sexuais ou mesmo exercendo sua
criatividade. Só será possível escolher uma das opções se tomarmos uma análise
pessoal e individualizada.
Eu acredito que sujeitos saudáveis, farão bom uso
do sexo via internet e da liberação dos costumes, Já os menos estruturados mentalmente,
farão outro uso, que pode levar à descoberta de patologias, pois a linha que
separa o saudável do patológico é muito tênue, e nós buscamos respostas no
nível de separá-los. Poderíamos dizer que se uma pessoa usa a internet para
sexo virtual com o objetivo de encontrar sexo real, isto estaria dentro do
saudável, mas se usa para fugir de relacionamentos reais, isto já poderia estar
no quadro patológico. O voyeurismo (prazer de olhar intimidade de outros) e
exibicionismo (prazer de mostrar suas intimidades para os outros) são duas
formas de comportamentos sexuais patológicos que se encontram e se complementam
na internet.
O sexo também pode estar dentro do grupo das
adicções (vícios). Existem, inclusive, grupos de autoajuda para os compulsivos
sexuais. Também é alvo dos movimentos machistas, como se apenas o homem pudesse
desfrutar do prazer sexual.
Reich, um psicanalista austríaco, discípulo de
Freud, falou sobre a miséria sexual, nos anos 60, 70... E acredito que ainda
há: o sexo via internet, é como um bolsa família, para alguns. Não é
que acabou o desejo, mas a libido foi transferida para o computador, que
certamente, precisamos pensar, dispõe de custos-benefícios que são oferecidos
nesta situação do sexo virtual: o sujeito pára a qualquer hora, continua a
qualquer hora, escolhe o parceiro ou parceiros sem pré-julgamentos, entre
outros. De qualquer forma, considero o sexo virtual vinculado a uma espécie de
gozo solitário, e este, seria o custo, ou um dos custos.
Pode ser
excitante, saudável ou um problema, depende de como se atua e do que se espera
quando se atua. Ou seja, o desejo depende do desejo. O sexo depende do desejo e
é necessário (porque o prazer é intrínseco ao sujeito mano), possível (porque
faz parte da nossa atualidade), contingente (considerando a grande possibilidade
de que o algo – o orgasmo – não aconteça) e impossível (porque como dizia
Lacan: “não há relação sexual”; e virtual então...).
Texto apresentado em
junho/2014, em reunião do grupo Papo Cabeça -
Campina Grande/PB, na Universidade Federal
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