21 de abr. de 2015
E quando eu deixar de ser (apenas) mãe?
Ouço a seguinte questão, forte, capaz de ocupar um corpo com intensidade e função de controle: "e quando eu deixar de ser (apenas) mãe?". Sua maior responsabilidade foi a maternidade - verbaliza. Foi sendo mãe que acreditou superar as dificuldade que surgiram na vida.
"E quando eu deixar de ser (apenas) mãe?". Os filhos crescem, se diferenciam e a mãe torna-se "desnecessária", o que é muito importante para o processo de autonomia dos que seguem. Isto é saúde, no aspecto desenvolvimento.
Mas a sensação da mãe transborda, o ninho está vazio e parece que nada ocupa "aquele lugar". Um movimento que começa interno e vai ganhando dimensão de concreto. Tem a ver com se deixar para depois e priorizar sempre o outro, ou os outros. O ninho vazio dá lugar a escuta de si mesmo, dos próprios barulhos que antes, eram abafados pelo sons ao redor.
É preciso se implicar, buscar apoio de quem suporte esta condição, para atravessá-la, dando outro formato ao ninho, quem sabe. Ocupando o vazio... Ou sentando ao lado dele para conversas profundas. Quais as novas escolhas a serem feitas numa vida além mãe, humana? Não depois, ou só depois. Hoje, agora.
É preciso se implicar, buscar apoio de quem suporte esta condição, para atravessá-la, dando outro formato ao ninho, quem sabe. Ocupando o vazio... Ou sentando ao lado dele para conversas profundas. Quais as novas escolhas a serem feitas numa vida além mãe, humana? Não depois, ou só depois. Hoje, agora.
12 de abr. de 2015
Daquilo que ouço e faz eco em mim...
Numa conversa daquelas que dificilmente deixam de acontecer porque a pessoa que está ao seu lado no ônibus adora conversar, um senhor com mais ou menos 55 anos relata:
- Eu fui na casa da minha tia e quando eu voltei me ligaram dizendo que ela tinha morrido. Mas ela não tava com cara de morrer não.
Fiquei pensando se a gente sinaliza de alguma forma a morte e o morrer.
- Você acha o que?
- Eu não sei moço. Realmente não sei dizer.
26 de mar. de 2015
Um grito de fumaça
Não fuma-se por amor à vida, mas devido a prazeres e razões inconscientes que nos movem sem que possamos reconhecer ou dominar facilmente. Um suicídio vivenciado aos poucos, silenciosamente, prazerosamente: a fumaça preenche o vazio da vida. Acende-se o cigarro buscando iluminar a consciência, buscando importância para algo. Um grito de fumaça. O cigarro é companhia e relação do sujeito com sua fantasia. Ah, um cigarro para me acalmar. Mas a calma é falsa. Melhor viver e não fumar.
• Saiba mais sobre o Tabagismo.
• Saiba mais sobre o Tabagismo.
Dicas para ajudar na mudança de hábito:
- Evite situações em que a vontade de fumar é maior e procure evitá-las: álcool, festas, etc;
- Retire de casa os produtos relacionados, como cinzeiros e isqueiros;
- Combine com familiares e amigos que não fumem perto de você.
- Beba bastante água e procure comer alimentos mais leves;
- Evite locais fechados em que possa haver pessoas fumando;
- Pratique atividade física;
- Procure acompanhamento psicológico se perceber que não está evoluindo positivamente.
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