9 de jul. de 2016
O objeto como fim de "escutoterapia". (In)suficiente?
Quem já adquiriu algum objeto para uso de lazer ou trabalho e, após não tê-lo mais, foi acometido por uma sensação de perda, num nível intenso porque parecia ter significado de relação humana?
Esses dias, um amigo foi furtado e relatou o quanto a perda daqueles objetos havia sido significativa, mas de um jeito ruim. Por trabalhar em locais diferentes, precisa viajar bastante e dentro do carro, numa mala, estão os itens de vida diária necessários e o som do veículo, que tantas vezes, foi a sua companhia, nos percussos para casa-trabalho: sensação foi de perda concreta de uma companhia. Ilustro com este exemplo para convidar a refletir sobre as relações imaginárias que criamos com as "coisas" ao nosso redor. O som que me faz companhia, a poltrona que me acalenta, o travesseiro que me ouve, o celular que me faz parecer útil. Nossas relações com seres inanimados tomando configuração de afeto. Algo que pode vir a barrar-encobrir-ameaçar a nossa necessidade de interações essencialmente humanas: pessoa-pessoa.
Fiquemos atentos: vão-se os anéis, ficam-se os dedos. E novos desejos serão (re)feitos.
Fiquemos atentos: vão-se os anéis, ficam-se os dedos. E novos desejos serão (re)feitos.
6 de jul. de 2016
O afeto e um distanciamento inconsciente
Ônibus não-lotado. Alguns pares de cadeiras vazias. Algumas pessoas em assentos sozinhas. Onde você escolhe sentar? Do lado de alguém ou numa cadeira do par vazio?
Na maior parte das vezes, nós - e sim, eu me incluo - escolhemos sentar sozinhos, cadeira vazia ao lado e, não é incomum, ainda desejarmos que ninguém escolha ocupar aquele outro lugar.
Apesar de sermos gerados por pessoas, convivermos com pessoas e basicamente, existirmos para interação com pessoas, passamos muito tempo ao lado de coisas, "interagindo" com objetos, afastando a afetividade humana do nosso dia-a-dia.
É saudável estarmos atentos à este afastamento, por vezes, inconsciente e que nos distancia da "substância" mais essencial da vida: o afeto.
Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
29 de jun. de 2016
Sobre a descoberta da sexualidade na infância
"Ela (6 anos) se trancou no quarto e estava mexendo lá" - relatou a mãe.
É importante observar como estavam as emoções da criança, antes e depois da atitude: ansiosa, com medo, agitada? Observe e busque conversar sem gritar ou castigar, afinal, ela está descobrindo seu próprio corpo (algo natural) e precisa ser orientada adequadamente.
Se a atitude for excessiva você pode combinar: “todas as vezes que sentir vontade de mexer no pintinho ou na pepeca, me fale e eu vou te ajudar a lembrar de alguma coisa divertida para fazer”.
Se a atitude for excessiva você pode combinar: “todas as vezes que sentir vontade de mexer no pintinho ou na pepeca, me fale e eu vou te ajudar a lembrar de alguma coisa divertida para fazer”.
Se é um fato que acontece em público, você pode chamar a criança e lembrar da importância da intimidade preservada, que a atitude não deve ser realizada na frente de outras pessoas.
1- Crianças descobrem a sexualidade de várias maneiras e em idades diferentes (de zero a 6 anos, em média). Antes dos 6 anos pode parecer estranho, mas não é incomum.
2- Crianças pequenas podem descobrir sensações diferentes, sob um assento, brinquedo ou outro objeto. As meninas podem ainda apertar o órgão usando os músculos da perna.
3- Apesar do nome “masturbação”, na infância essa prática não tem a conotação erótica que tem na adolescência e vida adulta. Para as crianças, é simplesmente como sentir cócegas, sem qualquer ligação com fantasias sexuais.
4 - Pode ser um recurso que a criança usa, quando está em um local especialmente estressante e/ou para bloquear estímulos externos que ela sente como pesados demais para si mesma.
5 - A sua reação deve ajudar a desenvolver uma atitude de aceitação em relação a si mesma e ao próprio corpo, portanto, jamais usar “tire a mão daí!!” ou “isso é muito feio". Busque ajuda profissional para uma intervenção adequada.
27 de jun. de 2016
Quem é a sua inspiração humana?
Você já pensou quem são os seus bons exemplos? Sim, quem são as pessoas que você admira ou que, de alguma forma, te inspiram a pensar e fazer o bem?
Não falo de grandes nomes e/ou personalidades que marcaram a humanidade, mas pergunto sobre pessoas comuns que fazem sentido no seu dia-a-dia.
Já pensou como é importante ter alguém por perto que cause encantamento e emane disposição afetiva para que possamos ser melhores? E se você também for assim? Invista no bem. Seja a inspiração de alguém.
Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
Não falo de grandes nomes e/ou personalidades que marcaram a humanidade, mas pergunto sobre pessoas comuns que fazem sentido no seu dia-a-dia.
Já pensou como é importante ter alguém por perto que cause encantamento e emane disposição afetiva para que possamos ser melhores? E se você também for assim? Invista no bem. Seja a inspiração de alguém.
Mayara Almeida
Psicóloga - CRP 13/5938
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