21 de nov. de 2014
Meu filho está se mordendo, o que deve ser feito?

Quando a mordida transforma-se em sintoma, ou seja, o ato é repetido diariamente, torna-se uma forma da criança avisar que algo não vai bem.
Mas o que será que ela quer mostrar
com este ato? A mordida pode ter vários sentidos: expressão das ansiedades ou
angústias, pedidos de ajuda, descarrego de pressão, agitação, energia, pode
ainda ser mudança de posição da criança de passiva para ativa.
No momento da mordida, algumas
atitudes podem ser tomadas para apresentar a criança outras formas de
expressão: a conversa tranquila com a criança para entender o porquê da
mordida, a observação das situações nas quais ela ocorre, insistir nos limites,
sem ser agressivo, explicando que não é legal - porque machuca e dói - morder o
próprio corpo ou o corpo de algum colega.
Assim, no momento em que a mordida
acontecer, o adulto entra com o recurso da palavra dizendo que essa não é a
melhor forma de conseguir ser entendida, para que a criança perceba que existem
outros caminhos para lidar com ansiedades e angústias. E este exemplo
diário, através da fala, da comunicação, a criança perceberá que esta pode ser
uma nova possibilidade.
Evite expor a criança, dando bronca na frente de outras pessoas, pois pode deixá-la mais nervosa e talvez mais agressiva. Entretanto, se a situação permanecer, procure um profissional capacitado para ajudar na situação.
Evite expor a criança, dando bronca na frente de outras pessoas, pois pode deixá-la mais nervosa e talvez mais agressiva. Entretanto, se a situação permanecer, procure um profissional capacitado para ajudar na situação.
16 de nov. de 2014
Enurese - Xixi na cama
A causa da enurese noturna pode estar relacionada a problemas psico-sociais, como crises na família (separação dos pais, brigas, medo ou falta de atenção); hereditariedade (pais que na infância também tiveram problemas semelhantes) e problemas na bexiga (instabilidade vesical e outras disfunções anatômicas).
Primeiramente, só consideramos enurese quando a criança tem mais que cinco anos de idade e faz xixi na cama no mínimo duas vezes por semana por meses consecutivos. Pode ser primária, quando ela nunca ficou sem fazer xixi, ou secundária, quando controlava já há algum tempo, mas voltou a escapar de uma hora para outra.
A enurese de etiologia emocional nunca é um sintoma isolado, aparecendo juntamente com outros comportamentos regredidos da criança: atrasos de linguagem, birras, brincadeiras infantis, dificuldades de aprendizagem, etc. Sua causa ocorre em um momento do desenvolvimento onde a criança vê suas funções corporais como “objetos de dom”, ou seja, dignos de grande importância para o outro, em especial para a mãe zelosa que se ocupa em cuidar do corpo da criança, que faz um jogo chamado “inversão de demanda”, que funciona na base da observação perspicaz do que a mãe pede e da oferta do contrário. Basicamente é assim: A mãe pede para o filho que segure o xixi, insiste nisso, comemora cada ida ao banheiro, briga há cada escape e o filho, vendo o quanto a mãe deseja aquilo, não dá o que ela quer, com o franco objetivo de ser olhado por ela, de continuar tendo a preocupação materna, de não dividir a atenção da mãe com terceiros. É um jogo inconsciente onde ambos estão presos e o sintoma só melhora com tratamento.
Recomendações:
1. Nunca ridicularize, bata ou repreenda a criança por urinar na cama. O castigo não surte nenhum efeito. Em vez disso, elogie-a e recompense-a quando não acontecer;
2. Tente limitar a quantidade de líquido que seu filho bebe após o jantar.
É super importante entender que a enurese não significa mau comportamento. Não é intencional e a criança não é culpada. Nenhuma enurese melhora com castigo, punição ou constrangimento, pois é involuntária e deve ser vista como parte de um processo de amadurecimento ou como um pedido de ajuda de alguém que não encontrou meios para pedir de outro jeito.
5 de nov. de 2014
Às vezes o amor não aguenta ser só. Descobri isso aos 7 anos quando consegui convencer a minha avó de comprar dois pintinhos coloridos na feira da cidade: um rosa e um azul. Acho que eu previsava acreditar que podia cuidar de algo. Comida e água, eu mesma trocava. Não lembro da parte difícil, que era limpar a sujeira (e muita) que eles faziam. Uma semana depois, decidi, sozinha e muito segura, que eles precisavam ficar limpos e cheirosos. Comecei com o rosinha. Um banho frio e com direito a delicados esfregões para certificar a limpeza. Deixei-o junto com o outro e fui viver a minha vida de crianca. À noite, no mesmo dia, o pintinho rosa estava morto. Entendi rapidamente que o banho tinha sido demais pra ele. No outro dia, antes de ir pra escola, a descoberta: o azul também havia morrido. Acho que o amor não aguenta ser só. Deve ser isso.
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