4 de set. de 2014

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Escrevo para afastar a solidão e dizer que preciso de outros sentidos na vida. Sempre digo que ela é cruel, maldosa, desumana - a solidão. Mas ela sorri, (perigosa) e diz: 
- Menina, tua luta contra a realidade é injusta, eu sou daqui e vou te proteger do amor. Me proteger do amor? Esta é uma chantagem difícil de não ceder. Mas não quero. Não aceito, sou a penúltima romântica (porque preciso acreditar que existe mais alguém, além de mim). Quando escrevo, descobri que a solidão tem medo. Se esconde em baixo do meu travesseiro. E então eu digo pra mim mesma: menina, continua tua luta, não há quem te afaste do amor, de amar, de ser quem és: de aço e de flor.

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17 de ago. de 2014

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Ele chegou. Ou foi ela que chegou primeiro. O que se sabe é que houve um momento por dentro que você acreditou. E ninguém pode ou vai te condenar por isso. A não ser - precipitadamente - você mesma. Ninguém nasce sabendo encontrar o equilíbrio nas relações; é assim mesmo, vamos aprendendo a nos reorganizar cada vez que a ação não combina com a fantasia que criamos. Segue moça. Segue assim, seguindo. Fazendo o que traz o bem. Naquele dia, naquele tempo, tu não sabias o que sabes hoje. Então se perdoa vai, e deixa chegar a maturidade de quem se permite saber de si. Duas ou dez cicatrizes não vão te fazer parar. Todos temos nossos tumultos e confusões. Aguente firme. Mas continue sentindo, se permitindo. Mesmo que ele tenha desistido, você não deve desistir nunca. Não de você. Não da vida.

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14 de ago. de 2014

Revista Nordeste - Tabagismo

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Participação da Psicóloga Mayara Almeida em matéria sobre o Tabagismo na Revista Nordeste - n 92 (Agosto/2014). 
Acesse: http://www.revistanordeste.com.br/edicoes


1) O tabagismo envolve o aspecto psicológico e emocional do vício. Como isso ocorre na prática?

Quando estamos emocionalmente instáveis, buscamos enfrentar a situação ou envolver-se com algo que pareça estancar a nossa dor: o cigarro representa, então, um alívio, mesmo que momentâneo, um escapamento da angústia e a sensação de que funciona, pois os efeitos químicos são fortes e aos poucos transformam o cigarro num objeto de prazer.
2) É importante, então, a procura pelo tratamento não só medicamentoso, mas também psicológico? Porque?
É extremamente importante, que no tratamento à dependência de qualquer vício, o acompanhamento psicológico esteja envolvido, porque tem a função de trazer o indivíduo para uma nova condição, vivenciando outro papel, pois acontece mediante a conscientização das atitudes e do preenchimento saudável das escolhas do dia-a-dia, descobrindo prazeres saudáveis e reconhecendo que o contrário disto, pode levar à um caminho sem volta.
3) De acordo com uma pesquisa do LENAD (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), 90% dos fumantes dizem que gostariam de parar de fumar. No entanto, só 7% deles realmente tem planos para parar. Porque você acha que o número de pessoas que realmente se dispõem a tomar uma ação é ínfimo diante do número expressivo de pessoas que afirmaram desejar parar?

Porque, infelizmente, o consumo do cigarro se encaixou como uma luva no mundo que vivemos, onde há, milhares de sujeitos que acreditam na satisfação suficientemente perfeita, através do consumo de objetos.


4) Qual o fator determinante para que o indivíduo seja capaz de largar o vício?

Já dizia Mário Quintana: "fumar é um jeito discreto de ir queimando as ilusões perdidas" e acredito que o vício é uma espécie de fuga da falta, fazendo-se necessário apoio familiar e emocional, buscando envolvimento do indivíduo em situações que realmente o mobilizem, considerando que, a consciência e atuação da liberdade individual são primordiais para o processo de retorno à saúde mental.

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