24 de jan. de 2014

Aspectos psicológicos de Dom Agapito

2 comentários :

Livro: O Incrível Testamento de Dom Agapito
Autor: Helder Moura, 2012

Alguns mal-estares crônicos, cristalizados, adotam diversas formas sintomáticas: teria, então, Dom Agapito uma doença? Haveria tratamento?
        A morte apresenta-se na história antes mesmo de se saber sobre a vida. A vida de Agapito, que significa apenas afeição. Afeição que talvez faltasse e, de falta em falta, não encheu a satisfação, não permaneceu até o fim do papo.
        Só se deseja o que não se tem; só se deseja porque não se tem. Assim, a falta e a incompletude, por um lado, e o diferente e o novo, por outro, faziam a vida do Agapito palpitar; avivavam a curiosidade e ativavam o circuito das pulsões. Os prazeres levaram-no ao acúmulo.
        Dizia que seu coração jamais seria de apenas uma mulher, então abordava muitas, numa tentativa desenfreada de reafirmar sua masculinidade e, se não havia preservação no ato – pois não se sabe - poderia ser uma necessidade sem limites de dar continuidade à sua linhagem.
        Ainda havia uma forte transgressão de personalidade que o levava a não cumprir regras sociais e não respeitar religiosidade alguma.
        Um anarquista do amor e audacioso sedutor, tinha interesse principal em civis proibidas e, socialmente, demonstrava o contrário, pois comportava-se de forma agradável com os pares, mesmo aqueles invejosos que lhe atacavam silenciosamente.
        Narciso afogou-se na própria imagem e Agapito tendia ao mesmo narcisismo, diante da sua insensibilidade alheia, preocupando-se apenas com o seu ‘bel prazer’. Assim, era acometido de donjuanismo com doses de Sociapatia ou transtorno Anti-Social da Personalidade. Ainda, uma acentuada imaturidade afetiva, acompanhada de Atividade Sexual Compulsiva. O tipo príncipe desencantando, com suas ações teatrais, castelo e tudo mais.
        A conquista parecia reforçar a autoestima, entretanto, de forma ineficiente. Numa personalidade bem estruturada, a atitude conquistadora acaba, supostamente antes do fim da vida. No caso de Agapito, parece que a Sedução Compulsiva o seduziu primeiro, tornando-o vítima de seu próprio fantasma: um trabalhador incansável do amor-paixão.
        Agapito conversava muito com seu amigo Aparício, sobre o sentido da vida. Talvez ele estivesse procurando este sentido ou descontente com aquele que havia encontrado.
        As fórmulas de compromisso que constituiu para a própria vida fracassaram; nem a felicidade nem a tranquilidade foram viáveis... Faltou a Dom Agapito um bom diálogo num divã, para que tivesse a chance de passar sua existência a limpo, como condição necessária para retificar seus sentimentos e pesares. Afinal, morrer de angústia não tem graça nenhuma.

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17 de jan. de 2014

Somos pedaços inteiros.

Um comentário :

Inspirado no Projeto "Coletivo PORTO ZUL Mosaicos"

A ação do projeto, acontece em Campina Grande/PB, na instituição Casa do Menino, onde o Psicólogo Eugênio Felipe (prof. da UFCG e idealizador do Clube Papo Cabeça) contribui ativamente como professor voluntário de Mosaico e, junto ao grupo, realiza o belíssimo trabalho abaixo.

(Imagem do arquivo do projeto)

***

Somos um tanto de outros que já nos tocaram de alguma forma.
Somos um pouco de tudo que já tivemos a intenção de viver.
Somos inteiros por causa dos nossos pedaços.
Parte de muito do que somos e fomos.
Parte daquela ideia que não se realizou e da outra que por fim, concretizou.
Fragmentos também significam e tornam-se parte de nós.
Somos cacos. Somos fatos.
E unidos, somos um lindo todo de significados.
O que se faz com cada parte de si mesmo é uma decisão que ultrapassa as barreiras internas.
Somos cacos e, que bom.
Quero se caco assim, desses que colore, monta imagem e integra emoções.
Quero ser caco, um inteiro de pedaços.
Quero ser Mosaico.

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16 de jan. de 2014

Dicas para uma entrevista de emprego

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Entrevista cedida para o blog Contabilidade e Métodos Qualitativos,
em 25 de setembro/2013
Para um bom desempenho comportamental num processo seletivo, faz-se necessário seguir certos padrões comportamentais que irão colaborar na conquista de uma nova oportunidade de trabalho. São eles:

- Conheça a empresa que está oferecendo a vaga;

- Planeje o seu dia para não chegar atrasado na entrevista, o ideal é apresentar-se 10 minutos antes do horário agendado;

- Desligue o celular, ou mantenha no silencioso, pois um celular que toca durante uma entrevista de emprego pode ser visto como uma falta de interesse por parte do candidato a vaga;

- Como as empresas têm diferentes códigos sobre trajes, é importante descobrir com antecedência o estilo da mesma para saber que roupa é mais indicada nas entrevistas;

- Não fale mal do antigo emprego ou chefe; respeite as experiências que vivenciou;

- Se questionado sobre o motivo que o levou a abandonar o emprego anterior, seja discreto na resposta, mas não engane quanto à real situação;

- Não crie habilidades que você não possui; eventualmente, até conseguirá a vaga, mas, com certeza, perderá o emprego e marcará negativamente sua carreira.

- Seja um bom ouvinte. Não interrompa o entrevistador em hipótese alguma;

- Evite falar mentiras ou gírias;

- Tenha atenção especial à linguagem, evitando cometer erros de português, tanto na comunicação oral, quanto na escrita.

- Questione se houver dúvidas demonstre interesse em relação à oportunidade;

- Reflita com antecedência sobre seus pontos fortes e fracos, todos temos ambos, então, não responda que possui “apenas qualidades” ou “apenas defeitos”.

- Se achar necessário, fale sobre sua carreira em frente ao espelho, apenas com o objetivo de sentir-se confortável com a construção oral de um discurso.

A linguagem não verbal também influi na percepção do candidato, pois é uma representação do nosso mundo interior e pode indicar características da personalidade: manter os braços cruzados e olhar o relógio toda hora são indicativos de uma pessoa fechada e ansiosa; entretanto, cumprimentar com um aperto de mão firme e manter contato visual com o entrevistador são atitudes simples, mas que podem ser positivas na avaliação do candidato.

Por fim, seja flexível às situações que podem surgir a fim de destacar-se frente aos outros participantes. O importante é agir naturalmente, buscando um equilíbrio entre a imagem que quer passar e o que a empresa precisa para escolhê-lo.

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