1 de dez. de 2013

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Ela entra no trem e rapidamente escolhe um lugar onde as duas cadeiras estão vazias: senta na ponta (estratégia de quem acredita na dificuldade de alguns sujeitos em pedir licença para passar e sentar no canto); alguns sujeitos, de fato, outros não. Ele chega e pede para sentar ao lado. Ela não podia dizer que não, o lugar é público, então ele sentou. Ela colocou os fones no ouvido e ele comentou: “caso não queira conversar, não se preocupe, eu entenderei”. Ela ficou ruborizada, ele havia entendido que a atitude dela, era um tanto reveladora. Não é todo dia que um cara bonitinho senta ao lado e é cuidadoso com o que vai falar. Deram risadas diante da situação e informaram os respectivos nomes. Ela disse que não poderia demorar a prosa, pois já "saltaria" na próxima parada (outra estratégia de quem não quer ser chata, mas também não quer conversar). Com a mesma rapidez que aquele ônibus seguia, ela queria acabar por ali mesmo aquela possibilidade de alguma coisa. Não podia mais amar, por um tempo seria assim. Então, colocou o fone e seguiu, até, quem sabe, uma próxima oportunidade com outro alguém, naquele suposto trem...

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27 de set. de 2013

Fobia ou Ansiedade Social

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, é grande o número de pessoas com sintomas de “fobia social” ou “ansiedade social”: medo intenso e irracional de situações sociais diversas, acarretando “prejuízos” afetivos e/ou profissionais. A sociedade cobra do indivíduo que ele seja “capaz” perante os outros, melhor perante os outros e, isso pode acarretar uma exigência superior aos limites de muitas pessoas. Assim, qualquer situação que sinalize estar diante de outros que apresenta uma espécie de desacordo com os próprios sentimentos, uma vergonha de si mesmo, por não sentir-se pronto para agradar conforme as regras sociais sugerem.

Sim, para este quadro faz-se necessário tratamento, pois pode ainda, desencadear outras comorbidades/ problemas associados.
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8 de set. de 2013

Impulsivamente amorosa...

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Era um dia de sol, ao menos lá fora. Céu aberto. Dentro dela, coração fechado e a vivência constante da culpa, consequência direta da impulsividade; vestida numa armadura interior, e defesas prontas à espera de qualquer adversidade. Alta arrogância, pois não acreditava convictamente que era amada ou estaria segura. Baixo limiar de frustração. Antes que ele pensasse em querer, ela já estava lá, composta por ideia inconsciente de poder para mudar tudo ao seu redor, muitas vezes, sem filtro do que deve ser preservado; neste caso, ela mesma.

Nascida de um amor frágil, tardio, necessitava de estimulação para que este se desenvolvesse, caso contrário, ela seria sempre imatura para o amor.

Estava erroneamente habituando-se que a única responsabilidade era cumprir os deveres econômicos e sociais, deixando para depois (leia-se para nunca) toda a parte emocional sobre as pessoas ao seu redor.

Havia um querer com pretensão forte de dar certo, mas fazendo de um jeito meio incerto, que corrompia as tentativas e deixava cicatrizes em via dupla... Toda impulsividade está relacionada com uma ansiedade de querer ser, antes mesmo que seja. Desejo inconsciente de prepara-se e ao mesmo tempo proteger-se do para o futuro.

Códigos não traduzem o amor e, portanto, ela só estará bem quando decidir descodificar aqueles que lhe querem bem. Incluindo a si mesma. Querer-se bem, tão bem quanto imagina o querer para os outros. Descobrir-se primeiro e depois, só depois, expor sua estima, apenas quando estiver cuidada dos embaraços internos que causam dores.

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