24 de ago. de 2013
Acredite: eles também amam.
Por: Mayara Almeida e Ju Fuzeto [http://umlugaraosolpertodovento.blogspot.com.br/]
Tentando escrever sobre o gênero masculino... E
não pareceu tão fácil quanto a ideia de começar. A gente se pergunta o tempo
todo: O que eles sentem? Será que são capazes de sentir? Claro que eles sentem.
O que mais vejo é homem sentindo vontade de tomar cerveja, desejando que o time
do coração ganhe um campeonato e blábláblá.
E
o pensamento divaga. As ideias parecem rivais e não chegam a conclusões de
qualidade. Eles amam? Sim, eles amam. Mas como não consigo ver? Talvez porque o
amor tenha ficado flutuando na cerveja do parágrafo anterior e não havia
ninguém que o salvasse. Amor? Eles preferem a ressaca da falta de sentimento,
engolem amores num gole, afogam paixões ainda no gargalo.
Nenhum livro de etiqueta
ensina como agir diante deles; é na sorte então? Não há garantias de
felicidade, é efervescente, líquido... Diferença irredutível entre nós. São
todos iguais? Mas, o fulano do apartamento 115 parece tão romântico, adora
beijar a namorada no elevador, dizem que ele já fez até serenata.
Será
que existe um pergaminho secreto que guarda o desejo de cada um? Talvez eles só
queiram ser plural, possibilidades. Encontrar um espaço confortável diante do
deslocamento natural que foi produzido pelas mulheres.
Será
que nós mulheres somos culpadas por esse desconforto masculino em torno desse
espaço confortável, chamado sentimento? Talvez seja apenas necessário um acordo
ou dois, para manter em solidez o sentimento.
A
verdade é uma só: os homens também amam. Principalmente aqueles agraciados pela
divindade do sentir, que preferem colo e devem ser cuidados com todo amor, por
nós.
12 de jul. de 2013
Houve um abismo entre uma
história perdida e uma vontade esquecida. Havia também três convites ainda
fechados em cima da mesa e uma garrafa de vinho quase impossível de abrir,
quase, pois ela daria um jeito, assim como daria para esquecer o que havia
acontecido na noite anterior. Ou era de dia? Já não lembrava bem, a cabeça doía
como se uma escola de samba tocasse entre seus ouvidos. E tocava... Tocava uma
música baixinho, que vinha do apartamento vizinho: “melhor deixar como está”.
Será?
16 de jun. de 2013
Qual é a da felicidade?
Todos nós temos
opiniões sobre o assunto: senso comum ou cientificamente, “cada um sabe a dor e
a delícia de ser o que é”. Ah felicidade, te fizeram um lugar, mas eu ando,
ando e não chego lá. Terra do nunca, ou o que será? Um desafio te encontrar,
parece que não sei bem procurar. Olha, está lá. Não, é só o vento querendo
brincar. Anda, ali. Não, é só o tempo querendo partir.
Os
dias estão passando e eu preciso saber de ti, que me visita e vai embora, num
jogo de ir e vir. Mas como tu és inquieta, criança ansiosa demais, cansou de
agradar este lado, começa, segue e desfaz. Tua brincadeira desgasta, e eu bem
sei que não é por mau que faz. Mas vê só felicidade, senta aqui do meu lado,
escuta: veja lá como faz, nem todos se divertem com esse teu leva e traz.
Tu
és um mistério no mundo, todos tentam te explicar. Mário Quintana te achou bem
simples, Freud fez questão de complicar; Shakespeare te viu poesia, Lispector
te consumia. Gandhi disse ser caminho o que para Jabor é calmaria. Mas qual é a
tua dona moça, devo ir ou te esperar? Seguir o meu coração ou parar? O Aurélio
tenta ajudar com uma definição: êxito, sucesso, satisfação. Mas pensando bem
felicidade, talvez tu não sejas um lugar ou sinal, mas algo individual, que vai
ganhando um certo espaço, dia após dia; ponho cor e boto laço, e por puro
investimento permanece neste passo.
A
felicidade é uma experiência, medida pelo encantamento que provoca em nós.
Começa aí, começa aqui. Talvez cultivando um jardim no coração, a gente entenda.
“Alea
jacta est.” (A sorte está lançada).
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