19 de jul. de 2012

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Realmente não posso curar tuas mágoas e dores vividas antes de mim, mas posso permanecer ao teu lado para que possa sentir-se melhor. Realmente não posso impedir que você se machuque, mas posso cuidar com carinho do machucado. Realmente não tenho intenção de te controlar, mas gosto de estar por perto pra não perder de vista nenhum dos teus sorrisos. Realmente não posso delimitar tuas escolhas, mas posso sugerir possibilidades que não prejudiquem o teu caminho, que encontrou o meu e agora é nosso.

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22 de jun. de 2012

Conexão outra.

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Há pessoas que me veem diariamente, me abraçam, conversam comigo, me escutam, me calam, enfim, interagem diretamente. Com estes, tenho uma conexão natural de quem está por perto. Mas este texto para você que me lê mas não me vê. É sim, pra você que encontrou nesse mundo vasto que é a internet. Olha, eu afirmo que nós temos um laço, construído através das palavras e emoções. Uma conexão outra e tão especial quanto àquela citada inicialmente. Em meio às molduras que crio aqui, tem vocês que me observam feito exposição da tela de Monalisa, sem saber ao certo o que a expressão significa. E assim é. Um mistério escancarado de mim vai sendo descrito e modelado, encoberto e desvendado... E seja qual for o momento, o agradecimento aqui ficará sempre registrado, pra você, que me lê, mas não me vê.

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27 de mai. de 2012

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Texto inspirado em : "O Voo da Guará Vermelha" - da escritora Maria Valéria Rezende

Ela, na cidade grande, só enxergava o cinza do cimento, via apenas aquilo que desejava ver. Cobrava pelo amor doado e... Doado? Mas se é doação não devia haver cobrança... As pedras não estavam apenas no caminho, mas nos bolsos do rapaz também. Amor de qualquer forma dado, de qualquer forma será pago. Será que a dureza que residia naquela vida era tão forte e arraigada que tinha de ser levada aonde quer que aquele homem fosse? Ele nascera sem nome, não sabia ler nem escrever e o que tinha para contar sobre a própria história eram fatos de abandono e amor que falta. O fato que a gente sempre acha quem queira escutar as nossas dores, e que bom. Contava e recontava para ela a sua história. Falar reorganiza e escrever também. Ele queria aprender a escrever, a se organizar por dentro. Assim, eles continuavam tendo um ao outro, mas contato de almas. Ele adormeceu escutando-a contar uma história e a segurou quando ela precisou de amparo; não estavam mais sozinhos. Até que ponto precisamos do outro ao nosso lado? Satisfazer-se e ir embora? E se houver algo maior que não permite ser possível impedir a despedida? Assim, ela se foi, satisfeita, feito quem fez o que devia fazer. Ele, feito gente que satisfaz, foi em busca de tudo aquilo que é capaz.



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