20 de jan. de 2019

Para o teu percurso, eu te desejo um guarda-roupas...

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Há 14 anos saí de casa para morar noutra cidade há muitos km do castelo original: pode ser pouco para alguns, muito para outros, e é significativo para mim. A minha mudança resumia-se a uma mala tamanho muito grande com roupas, acessórios, produtos de higiene, caderninhos, canetas e livros, muitos livros. Além da mala, a estrutura de ferro desmontada da cama que eu tinha desde a infância, na cor rosa. Só alguns meses depois comprei um guarda-roupas, pequeno, duas portas, mas funcional e possível, na época. Foi emocionalmente organizador, conduzir outros movimentos que me fizeram construir a sensação de estar (mexer na mala todos os dias, fazia parecer ainda não ter chegado, em trânsito). Montar a cama, arrumar "as coisas" que eu nomeava como minhas e estabelecer espaço para cada uma delas, que não mais a mala de viagem, foi potente, afinal eu não estava mais viajando, eu tinha chegado. 

A reflexão é para compartilhar que há sempre uma mala na bagagem do outro que você convive, que você conversa e, vez em quando, é bom que alguém possa nos lembrar sobre isto. Eu também sou lembrada através das leituras, conversas e, por vezes, confusões na vida. Agora estou aqui para compartilhar e por isso, te desejo um guarda-roupas (simbólico ou real, se necessário). Que guarde memórias de superação para te lembrar que há percurso, e doses de reencontro com você mesmo, independente de mudar as roupas ou acessórios a cada estação. Eu te desejo um guarda-roupas ou caixas organizadoras para se conectar com o teu potencial de permitir apenas tudo aquilo que te traz alegria. 

| Assistir a série 'Ordem na casa' - @mariekondo, também me inspirou, então, fica a dica. |

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