24 de ago. de 2025
Como identificar e mudar padrões relacionais?
- Os nossos padrões são construídos:
1. Por condicionamento social: Aprendemos a nos comportar com base no que experimentamos, no que vemos sendo modelado em nossos vínculos, na mídia e na sociedade.
2. Por não conhecer situações diferentes: Se não vimos ou experimentamos dinâmicas de relacionamento saudáveis, não sabemos como se parecem ou como criá-las.
3. Por Mecanismos de enfrentamento: Padrões podem ser resultado de estratégias de enfrentamento que aprendemos na infância, por exemplo: se afastar e ficar em silêncio para manter alguma segurança ou estar emocionalmente distante porque não sente que pode confiar.
4. Por Medo: Às vezes, o medo de perder, a baixa autoestima ou sentimentos de indignidade nos torna hiperconscientes de nossos padrões e, portanto, é muito difícil observá-los e mudá-los. Torná-los visíveis através da escrita, pode ser um caminho de autocuidado.
- Questione:
- Em que áreas dos meus relacionamentos tenho problemas consistentes, com comunicação, questões emocionais, confiança?
- O que desperta emoções fortes em mim? Como administro essas emoções quando elas estão presentes?
- Há alguma experiência relacional passada que esteja influenciando a forma como me relaciono atualmente? Qual é o impacto disso: positivo ou negativo?
- Alguém próximo e importante me deu algum feedback sobre possíveis padrões? Estou aberto a receber feedback?
- Como começar a mudar padrões relacionais:
- Esteja presente: preste atenção à dinâmica ou aos padrões e observe quando surgem.
- Questione como você faz as coisas, caso não estiverem funcionando. Existe outra maneira de responder, se comportar ou pensar sobre a situação?
- Tente algo novo: para alcançar um resultado diferente, precisamos realmente nos comprometer a fazer as coisas de maneira diferente. Pratique tolerar o desconforto.
- Comunique-se: fale sobre a dinâmica ou padrões repetitivos.
- Pratique: continue praticando. Leva tempo e esforço para fazer mudanças e mudar padrões, então seja gentil e paciente consigo mesmo(a).
Quebrar velhos padrões relacionais é um trabalho corajoso. Não há problema se parecer lento, confuso ou desconhecido. Cada momento de consciência, cada pausa intencional, cada nova escolha, é um poderoso ato de cura. Você não está falhando, está aprendendo.
Quando queremos aprender a comunicar melhor e evitar brigas e discussões desnecessárias, ou outro novo comportamento, é importante saber que esse processo pode ser desafiador, porque precisaremos aprender a fazer algo que ainda não sabemos. Aprender a expressar melhor em situações difíceis, a controlar as emoções, a impor limites, a conversar sem reatividade, a desacelerar num mundo que cobra rapidez, é um processo de reeducação profunda. Não é do dia para a noite e não tem fórmula mágica (lamentável, eu sei). Ser aprendiz não é fácil: dá trabalho, angustia, tem frustração, tem confusão. Mas ser iniciante, é o único caminho.
Fonte: @LUCILLE.SHACKLETON
31 de jul. de 2025
Formas de oferecer colo ao seu Sistema Nervoso Central
1. A corregulação é necessária para nossa sobrevivência. Busque a presença/abraço pontual de alguém pra te ajudar a respirar melhor, desacelerar os batimentos e voltar para si.
2. Deite no chão por 10 minutos: sem pressa, sem meta. Só deixe a gravidade te acolher. Se for na grama, melhor ainda. Seu corpo sabe voltar ao centro quando tem permissão pra parar.
3. Cante baixinho, pra si mesma: A vibração da sua voz conversa com o nervo vago e diz: "Está tudo bem agora", convidando o corpo a voltar para o modo descanso.
4. Toque seu próprio peito e sussurre: "Eu estou segura". Esse gesto é como um botão secreto de aterramento, quando tudo ao redor parece demais.
5. Troque tempo de tela por céu: Mesmo que seja por 1 minuto. Olhar pro céu expande, acalma e realinha. Um detox de estímulo visual direto pro sistema nervoso.
7. Permita-se chorar, sem tentar "consertar" nada. As lágrimas são uma forma natural de descarregar o estresse. Reprimir mantém o sistema travado.
8. Beber algo quentinho, devagar, sem fazer mais nada. Isso comunica ao corpo: "Tenho tempo, não preciso correr".
9. Dar pequenos e suaves pulos libera energia contida. Assim como, usar almofadas para apertar ou bolinhas terapêuticas.
10. Criar rituais simples e intencionais como acender incenso, vela, desenhar ou alongar-se, sinalizam segurança para o seu sistema nervoso.
11. Nomeie o que você está sentindo: o que você pode ver, ouvir, tocar?
12. Coloque os pés descalços no chão.
13. Faça algo com total presença, mesmo que seja apenas lavar as mãos.
14. Beba algo quente e suave, lentamente.
15. Alongue o corpo como se estivesse acordando de um longo cochilo.
16. Balance suavemente para frente e para trás - é calmante para o seu sistema.
17. Abrace: uma pessoa, um travesseiro, cobertor, animal de estimação.
18. Reduza a entrada: desligue as notificações, afaste-se do barulho.
19. Crie ritmo: balance, ande, costure, toque, can tell, repita algo.
20. Tome um banho lento e deixe a água te acalmar.
21. Diga em voz alta: "Estou seguro(a) agora."
3 de mai. de 2025
Habilidades Essenciais de Autoajuda
- Cuidados
Pessoais: escovar
os dentes, lavar as mãos, se arrumar, se vestir, cuidar do corpo e da saúde.
- Habilidades
sociais: interagir
com os outros, entender dicas sociais, construir relacionamentos, compartilhar,
revezar e expressar sentimentos.
- Tarefas da Vida Diária: cozinhar, limpar, fazer compras, administrar dinheiro, lidar com as responsabilidades diárias e ser capaz de viver de forma independente.
- Por que essas habilidades são importantes?
1. Independência: significa que pode fazer
mais por conta própria.
2. Autoestima: constrói confiança e
autoestima, encorajando a assumir desafios.
3. Bem-estar
geral: saber
como cuidar de si mesmo e lidar com as tarefas do dia a dia.
4. Interação social: abre portas para amizades e oportunidades sociais.
- Como ensinar habilidades de autoajuda?
1. Repetição e rotina: a consistência
é a chave, pois repetindo as tarefas, as habilidades se tornarão uma segunda
natureza. Manter um guia visual que divida as etapas para se vestir, por
exemplo, pode reduzir a carga cognitiva, tornando a tarefa mais leve.
2. Suportes
visuais: use
imagens simples e claras para descrever etapas como: lavar as mãos ou escovar
os dentes. Divida a habilidade, em cada etapa
necessária e, foque no ensino passo a passo. Apresente rotinas por meio de cronogramas visuais
ou histórias sociais, dividindo tarefas, em etapas
simples.
3. Elogios
e encorajamento: Celebre
cada pequena vitória, reforçando a confiança e a motivação. O encorajamento
verbal aumenta a confiança e afirma as conquistas.
4. Simulação: Dramatização é como ensaiar para uma peça onde é possível praticar interações sociais e tarefas diárias em um ambiente seguro, permitindo que entenda diferentes cenários e pratique respostas, tornando as interações no mundo real menos assustadoras.
- Demonstre tarefas e ofereça oportunidades para a prática. Forneça ajuda, somente quando precisar e, gradualmente, diminua o suporte oferecido.
- Praticar cumprimentos ou conversas informais, ajuda a se preparar para interações na vida real. Encenar diferentes situações, ajuda a praticar, como iniciar conversas e respostas. Simular atividades como: pedir comida ou fazer compras no supermercado, pode aumentar a confiança. Pratique na mesma ordem e com as mesmas dicas verbais.
- Compreendendo a Linguagem Corporal e Empatia: Use vídeos e dramatizações para explicar dicas de linguagem corporal e empatia. Praticar com colegas ou familiares, também pode melhorar o aprendizado.
- Habilidades de transporte: aprender a navegar usando transporte público ou meios alternativos, pode aumentar a mobilidade e a liberdade.
- Gestão de dinheiro: Use cenários da vida real para praticar: Defina pequenas metas financeiras, compare preços, durante uma ida às compras.
5. Culinária básica e nutrição: Comece com tarefas como lavar vegetais ou fazer um sanduíche e divida, visualmente, cada passo. Envolver a pessoa, na escolha de receitas e no planejamento de refeições, também pode encorajar hábitos saudáveis.
6. Habilidades de
funcionamento executivo: são necessárias para planejar com antecedência, dividir uma
tarefa, criar uma lista de tarefas, organizar pensamentos, planejar ações,
prestar atenção, inibir respostas inapropriadas e autorregular emoções. Por
exemplo, considerando o vestir-se:
·
Planejamento
(o que vestir, quais itens vão primeiro)
·
Iniciar a
tarefa e sequenciar os passos
·
Coordenação
bilateral (usar as duas mãos para puxar as calças para cima, abotoar uma camisa)
·
Habilidades
motoras grossas e finas (equilíbrio, controle postural, isolamento dos dedos e
controle necessário para zíperes/botões).
·
Concentrar-se
na tarefa (manter o foco enquanto se veste, especialmente se houver outras
distrações no ambiente)
·
Memória de
trabalho (lembrar os passos e a ordem em que eles precisam ocorrer)
·
Atenção
visual (escolher um par de meias de uma gaveta cheia)
7. Autodefesa: aprender como e quando fazer perguntas, a quem recorrer para obter ajuda e como dizer não. Aprender a resolver problemas reconhecendo dificuldades e buscando assistência pode ajudar muito a aumentar a autoestima e a independência de uma criança. A independência completa pode não ser possível para todas as crianças, mas pequenos passos em direção ao domínio de qualquer habilidade de vida, podem aumentar o funcionamento independente, trazendo positividade para a rotina.
- Diretrizes etárias para habilidades de autoajuda
2-3 anos
- Coopera com a ajuda
dos pais para se vestir
- Começa a tirar e a
vestir roupas
- Tenta escovar os
dentes (embora ainda não completamente)
- Tenta lavar o corpo
no banho quando instruído a fazê-lo
- Alimenta-se com
talheres
- Pode guardar alguns
pertences pessoais quando solicitado
- Aprendendo a lavar
as mãos corretamente
3-4 anos
- Veste-se de forma
independente
- Mais independente
para tomar banho (pode precisar de ajuda para lavar ou enxaguar o cabelo)
- Totalmente treinado
para usar o penico
- Aprendendo a
pentear o cabelo
- Pode obter seu
próprio lanche se for facilmente acessível
- Limpa após as
refeições (ou seja, lava a louça, joga o lixo fora)
5-6 anos
- Sabe amarrar
sapatos
- Independente no
banho (pode precisar de supervisão sobre a qualidade das tarefas de banho)
- Pode cuidar de
pertences pessoais
- Pode reunir
pertences pessoais quando solicitado
- Escovar os dentes
de forma independente
- Use o microondas
(com supervisão)
- Siga uma rotina
matinal com menos orientação de um adulto
6-7 anos
- Mais independência
para cozinhar, abrir alimentos, etc.
- Autocontrole (menos
necessidade de apoio de adultos na hora de relaxar para dormir, se
acalmar)
- Organizar itens
necessários para sair de casa (como ir para a escola, etc.)
- Segue uma rotina
diária com a orientação de um adulto
7-8 anos
- Mais habilidades
com tarefas domésticas
- Mais independência
com o trabalho escolar
- Maiores habilidades
de gerenciamento de tempo
- Preparando
refeições simples
- Pedindo ajuda
quando necessário
9 anos ou mais
- Gerenciar dinheiro
- Culinária
- Escolher de roupas
adequadas ao clima ou aos eventos
- Habilidades de
higiene
- Barbear (se
aplicável)
- Gerenciar ciclos
(para mulheres, quando aplicável)
- Organizar e manter
a limpeza dos pertences e do ambiente
- Primeiros socorros
básicos quando ocorre uma lesão ou doença comum
- Habilidades de
resolução de problemas (complexidade com base na idade e nas habilidades)
- Manter-se seguro
pessoalmente
- Permanecer seguro
online
- Habilidades de
enfrentamento para gerenciar emoções
- Estabelecer e trabalhar em direção a objetivos pessoais.
IDEIAS PODEROSAS para acalmar uma PESSOA ansiosa (para TODAS as idades)
1. Beba um pouco de água! Embora a água por si só não seja uma cura para a ansiedade, a desidratação certamente pode piorar os sintomas! Mantenha bem hidrato(a)!
2. Faça uma lista da sua rede de apoio com nome e contato.
3. Chá. Um chá quentinho, faz com que o corpo sinta-se aquecido e aconchegante. É como um abraço caloroso, vindo de dentro.
4. Ouça músicas calmas.
5. Use óleos essenciais: são relaxantes e podem acalmar não só o seu filho, mas também você: a lavanda interage com o neurotransmissor GABA para ajudar a acalmar a atividade do cérebro e do sistema nervoso, reduzindo assim a raiva e a agitação.
6. Use afirmações positivas: As afirmações positivas são uma forma inteligente e relaxante de começar e terminar o dia.
7. Dê um abraço em si mesmo: o toque físico libera oxitocina, um hormônio do bem-estar, e reduz o hormônio do estresse no corpo. Peça ao seu filho que aperte o próprio corpo. Quanto mais tempo melhor.
8. Fale: “Abraço de urso”, e vocês, devem parar o que estão fazendo e dar um grande abraço um no outro. Está provado que um abraço de 20 segundos libera oxitocina, hormônio que promove bem-estar.
9. Tranquilize seu filho de que você está ali para ajudá-lo: Em vez de dizer “está tudo bem”, tente dizer: " Eu estou aqui; você está seguro." A ansiedade consegue fazer com que as coisas pareçam piores e mais assustadoras. Essas palavras podem oferecer conforto e segurança quando seu filho estiver fora de controle, especialmente se estiver no auge de uma preocupação.
10. Dê um nome à sua preocupação e converse com ela: esta é uma técnica para personalizar sua preocupação. Dar um nome permite sentir que tem algum controle, diante de uma força invisível dentro de si. Você pode até conversar com sua preocupação: “Pare com isso (nome imaginário), não há espaço para você aqui!”
11. Use a analogia do barco: Os pensamentos chegam às nossas mentes, como barcos chegam num porto movimentado. Pensamentos entram e saem e, com o tempo, assim como num porto, todos vão embora. Portanto, não se concentre demais em pensamentos intrusivos e assustadores. Eles passarão, pois você é o barco e não a onda.
12. Experimente a técnica de visualização: Pinte uma imagem de um lugar calmo em sua mente. Tente imaginar cada pequeno detalhe, considerando incluir os sentidos: Visão, audição, tato, olfato e paladar.
13. Dê um passeio (na natureza): caminhar na natureza, reduz a atividade na parte do cérebro ligada a pensamentos negativos.
14. Manter um Diário: Registrar um evento, livremente por 15 minutos, pode diminuir a ansiedade.
15. Escreva uma carta para seu melhor amigo: Escreva esta carta como se não fosse você quem estivesse estressado ou preocupado, tentando ajudar seu amigo a resolver um problema. A partir desta perspectiva, pode examinar objetivamente a situação preocupante, o que o ajudará a confortar e a permitir-lhe ver o problema de uma nova perspectiva.