7 de ago. de 2015

Era uma vez... A Adaptação Escolar

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Até 2 anos de idade (em média) tudo é novidade para as crianças, pois só conviviam com a família, ou pessoas próximas, em ambientes "conhecidos".

É relativo sobre como fazer: algumas crianças talvez possam ir em dias alternados até se acostumarem, ou passar apenas um período do dia. A separação é feita aos poucos, intercalando momentos de aproximação e de ausência, até que se acostume à rotina do novo ambiente. O choro vai acontecer, mas também vai passar, à medida que a criança vai sentindo-se acolhida. 

O primeiro passo é reconhecer e repassar sobre os hábitos e receios da criança, para facilitar na elaboração do planejamento: ela ficam mais tranquilas quando percebem que há um adulto que sabe fazê-la sentir-se bem.

● [Companhia] 
Observe e perceba, talvez seja necessário alternar entre momentos em que a criança fica com os cuidadores, e momentos em que o pai, a mãe, ou outro familiar próximo, fique junto, acompanhando a nova rotina da criança - de forma alternada ou diariamente - buscando oferecer segurança (tempo estimado de duas semanas, podendo variar).

● [Individualidade valorizada] 
Conte sobre a criança: o que ela gosta mais, o que a deixa com medo e quais as estratégias familiares, até ali conseguidas, para tranquilizar em momentos mais difíceis. Quando a criança percebe que as pessoas ao redor sabem coisas que as fazem se sentir bem, ficam mais tranquilas.

● [Caderno de apoio] 
Organizar um caderno com registros informando os gostos e dificuldades da criança em diferentes situações, do que a criança gosta de brincar e de comer e como costuma ser consolada, por exemplo.

● [Objeto de apego] 
Deixe no local, junto da criança, um objeto pessoal de apego, como boneca, manta, ursinho, para oferecer a sensação de "estou seguro, há algo que eu conheço aqui". Aos poucos, outras demandas vão surgindo e a criança tende a deixar de lado o objeto de aspecto sensorial familiar.

● [Fotos]
Manter rostos conhecidos ao alcance da visão da criança, também pode ser incorporado às primeiras semanas no novo ambiente: deixe uma foto da criança e de alguém conhecido para ser colocado num pequeno mural e observe se, ao invés de acalmar, gera angústia por não ter a pessoa por perto. É preciso tentar e perceber as sensações e emoções da criança diante da situação. 

● [Choro] 
Ainda em processo de desenvolvimento da linguagem falada, os pequenos não têm muitas opções além das lágrimas, para se comunicar em diferentes situações. Assim, é importante lembrar que o objetivo do choro na criança bem pequena, até dois anos, é comunicar que algo vai mal. Ela relaciona o choro a uma boa reação, pois alguém virá acolhê-la. Nestes primeiros momentos de adaptação, colo e carinho são sempre bem-vindos, pois ajudarão a associar que "alguém pode cuidar de mim aqui". Dar atenção nesses momentos, e não apenas na hora de impor limites, gera tranquilidade e ajuda a diminuir o choro.


Psicóloga Mayara Almeida
CRP 13/5938

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