9 de jan. de 2012

Dess(e)ncontro.

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Como é bom ser esperada. Ela chegava cansada de um dia de trabalho, mas logo os seus olhos brilhavam. Ele estava lá, esperando a sua chegada, com uma flor na mão. Ela aprendeu a gostar mais de flores, até resolveu cuidar de uma plantinha, mas ela não agüentou o sol forte demais, ou será que foi a água de menos? Bem, ela amava aquelas flores, sempre guardava uma pétala em seu caderno; e que bom, já eram algumas! Aquele gesto significava uma renovação, tão delicada renovação, que partia dele, mas que ela retribuía com seu carinho recíproco, sua atenção e dedicação àquele relacionamento. Os dois tinham algo em comum, a vontade de fazer dar certo, o desejo de uma relação sincera e duradoura. Tinham medo também, mas não o deixavam ser maior do que aquela sensação de paz cada vez que estavam juntos, cada vez que suas mãos se tocavam e um beijo acontecia, não porque estavam acostumados com aquele outro, mas porque queriam, por escolha, por superação do que é difícil, mas não impossível. E era isso que ela queria que seus futuros filhos aprendessem: quando algo tem quer ser, vai ser, não importa o caminho, as dificuldades... Mas os dois, sem dúvidas, têm quer querer.

[Mayara Almeida]

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