13 de out. de 2011

Diálogo.

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- Eu não posso fingir que é de mentirinha. Eu não consigo. Isso dói sabia?
- Sim, ele deve imaginar.
- Mas só imaginar não é suficiente. Desse jeito ele nunca vai entender...
- E o que você quer que ele entenda?
- (...) Que é extremamente exaustivo acordar com uma ideia na cabeça que não se pode realizar. E essa ideia percorre todos os caminhos que você decide fazer, durante o dia, a tarde, e a noite.
- E o que você faz, então?
- Eu escrevo. Pra tentar acalmar esse sentimento que não quer de jeito nenhum passar. Eu o abraço, e bem quentinho ele adormece pra sonhar. E no outro dia eu começo tudo de novo. Igual àquele filme, “como se fosse a primeira vez”. Explico, cuido e repito.
- Ele sabe disso?
- Não exatamente...
- É, moça encantada, ainda bem que você anda abençoada. Esquenta não, “Deus dará”.

[Mayara Almeida]

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