26 de mar. de 2011

Lembro porque acabou.

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Eu sempre lembro de você. Lembro porque foi bom, lembro porque foi embora, lembro porque marcou. Digamos que ainda estou em fase de adaptação, e de um jeito formal e educado, registrados nos e-mails aleatórios, estão as nossas conversas, perguntas comuns de quem já não tem mais interesse em dizer. Terminam sempre com um beijo, que talvez seja pra mostrar que não há muito a declarar, apenas o que está lá. Caio Fernando Abreu, escreveu assim: "Uma pessoa, quando está longe, vive coisas que não te comunica, e tu, aqui, vive coisas que não a comunica. Então, vocês vão se distanciando e, quando vocês se encontrarem, vocês vão se falar assim: oi, tudo bom e tal, como é que vão as coisas? E aí ele vai te falar, por cima, de tudo que ele viveu, e, não sei, vai ser uma proximidade distante. Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra." Enfim, apesar do óbvio distanciamento, eu acho que te amei. E lembro porque acabou.
[Mayara Almeida]

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