17 de fev. de 2012

Um anjo sem asas...

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Lembro que o meu coração estava vazio, avenida sem ninguém. Mas eu estava bem atenta, poderia encontrar de ursinhos carinhosos a dragões que cospem fogo. Foi quando o encontrei em meio a um dia do tipo “nada contra”, meio indeciso, meio perdido. Pensei que as cores e objetos que eu já tinha eram suficientes, mas percebi que é sempre possível e bom, acrescentar novas tintas e pincéis à brincadeira. A solidão é tipo vida com predomínio do preto e branco, e eu sempre gostei de colorir. Sua alma ainda é algo íntimo e eu não quero invadir, pois não é fácil encontrar a forma correta de se comunicar com ela. Porém, a minha alma sente a dele e quer cuidar. A gente sorri junto. Muito aconchego e poucas cobranças. Abraços que fazem um bem danado. Mas não quero que minha humanidade o assuste. Ele ainda é um pouco desconhecido pra mim, avenida com grande fluxo de movimento, mas consegue me roubar sorrisos toda hora. E há um encorajamento emocional tão delicado, escondido em seu olhar. Ele sabe que consegue sozinho, mas seguir com um cuidado a mais, com uma blindagem proporcional, é o mesmo que beber um antídoto para as dores maiores. Eu o deixo caber bem apertado nesse futuro incerto, porque tem sido tão bom... O escuto, o entendo e o incluo na minha vida com um carinho incrível de quem já o conhece há mil anos, de quem acredita em anjos...

[Mayara Almeida]

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