28 de dez. de 2011

Pra você que vem chegando...

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Se você me visse agora, veria o quanto eu mudei, e não por causa da idade, que já se elevou desde o nosso último encontro, mas por causa dos fatos e atos que marcaram em mim. A gente se afeta com os afetos ou com a falta deles, é assim que é. Não dá pra fingir. E dizer que não se importa com o que os outros pensam ou fazem, é o mesmo que dizer que não se tem nada a ver com as questões sociais... Não dá pra se eximir. Meu olhar está diferente, um certo cansaço e uma tranqüilidade incomensurável se instalou. E não se vai. Isso é paz, uma paz merecida e batalhada, que vem com o amadurecimento. Porque, depois de tudo que vivi, eu poderia ser amarga e dura. Mas fiquei doce. E leve. Porque depois de tudo que passei, poucas coisas são capazes de me tirar a paz... Se você me visse agora, seria um encontro rápido, porque eu não pararia para cumprimentar-te: daria um sorriso e diria tchau, porque essa coisa de espera não combinou comigo, não mesmo. E eu ando tão em paz. Eu que sempre fui tão agitada, estou em paz agora. Cai o mundo eu fico aqui sorrindo pra o espelho. É, se você me visse agora, veria como eu mudei.

Tantos meses e alguns anos. E isso não dá pra esquecer, nós sabemos. E tem coisas que não são pra agora, sabe? Mas por mais difíceis que pareçam, são pra um dia. Não precisa nem parar e esperar. Elas acontecem porque tem que acontecer.

Parei de esperar que as coisas recomecem, eu recomecei em mim.
Um 2012 Feliz para nós!

[Mayara Almeida]

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