17 de fev. de 2011

Amor reprimido.

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Ignorado pela consciência, lá está. Se as palavras e dedos conseguirem acompanhar o pensamento, eu chegarei a alguma conclusão, por alguns minutos aos menos. O inconsciente agora é sua morada principal, e confirma-se este fato diante dos silenciosos dias que seguem sem notícias suas. Ah, doce novembro, você foi, literalmente, e se dispõe muito mais do que eu a perder tudo e começar de novo. Você dizia ao referir-se às suas viagens: é ruim me despedir, mas já estou acostumado. E por medo de perder, estimula a perda, desfaz o pronto e desata o laço, vira pó. O que acha que está conseguindo, me forçando a te esquecer? Me faz rir, de raiva, mas é riso, pois a sua atuação confunde-se entre ideias já ditas e vontades protegidas no meu álbum do amor. Figuras de linguagem são as imagens que impulssionam esse amor. Neurose, é isso que existe, e como explicar essa questão? Não explico então, é muita teoria para pouca imaginação. É triste, mas é amor reprimido, e em vão.

[Mayara Almeida]

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