17 de fev. de 2011

O meu modo de acreditar.

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- Afinal o que quer saber?

- O que houve que fez você se transformar? É isso que quero saber.

- Não sei.

- Tudo terminou de modo tão silencioso, que todos os dias ao acordar pela manhã, penso que foi apenas um sonho. Mas foi real, tem hora, dia e mês exatos. E tudo volta a ser como era antes de ser com você. Não há intimidade, não há nada em comum, porque não há contato, porque não há tato, porque não há nada. Eu não esperarei por muito tempo, e qualquer ser pensante compreende, pois sua falta de coragem mora num círculo vicioso que é confortável e confundido com a liberdade que tanto quer ter e acaba por perder, quando se prende ao silêncio, casa de vidro, exílio do coração solitário e indeciso. Na dúvida, cala para não magoar, e só magoa, desvalorizando o que tem valor. Mas eu tenho um modo de acreditar que é só meu, que é tão subjetivo que nem mesmo eu explico. Mas sei que mora em mim, e assim eu sigo.

- Eu sei.

[Mayara Almeida]

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